Bloomberg — A Verde Asset Management disse que seu fundo carro-chefe diminuiu a posição em bolsa brasileira após os ganhos no mês passado, quando o mercado acionário local registrou seu melhor mês desde janeiro, em meio ao forte ingresso de recursos estrangeiros.
“Aproveitamos o rali do começo do mês para reduzir marginalmente a alocação em bolsa global, e também reduzimos a posição de ações brasileiras”, afirmou a Verde, que tem mais de R$ 36 bilhões sob gestão, em carta a cotistas.
Os ganhos com posições em bolsa brasileira levaram o fundo ao seu melhor mês desde março. O fundo Verde subiu 2,3% em agosto, ante um ganho de 2,4% para o índice IHFA, uma cesta de pares, no mesmo período, segundo dados compilados pela Bloomberg. O Ibovespa subiu 6,2%, apoiado por uma entrada líquida estrangeira de cerca de R$ 16,4 bilhões no mercado secundário.
No cenário doméstico, a gestora criada por Luis Stuhlberger disse que será importante monitorar se o estreitamento da diferença entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de intenção de voto continuará ao longo das próximas semanas. Nas comemorações do Dia da Independência nesta quarta-feira, Bolsonaro procurou amenizar sua retórica e evitou nomear Lula diretamente.
A Verde ainda alertou para a crise de energia na Europa e disse que o choque de aumento nas contas de luz e gás “parece subestimado”, enquanto a região caminha para uma recessão “significativa”.
O fundo manteve apostas em ouro e petróleo, e segue com posição comprada em crédito high yield global. O Verde também reduziu posições que ganham com a alta de juros nos EUA e aumentou posição em inflação implícita no Brasil.
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