Bloomberg — Elon Musk vai poder usar as alegações de um delator do Twitter (TWTR) sobre spam e bots na plataforma de mídia social como parte da briga processual que quer obrigá-lo a concluir a prometida compra da plataforma por US$ 44 bilhões.
Na quarta-feira (7), a juíza da chancelaria de Delaware, Kathaleen St. J. McCormick, permitiu que o fundador da Tesla (TSLA) adicionasse as acusações do ex-chefe de segurança do Twitter Peiter Zatko sobre “problemas flagrantes” nas operações do Twitter.
No entanto, a corte rejeitou a tentativa de Musk de adiar a data do julgamento de 17 de outubro, e as ações do Twitter saltaram 5,86% com a notícia no final do pregão americano.
McCormick, que acelerou o julgamento do caso em julho, também disse que a equipe jurídica de Musk só teria permissão para uma busca “incremental” de informações relacionadas às alegações de Zatko.
Dano ao Twitter
“Estou convencida de que mesmo um atraso de quatro semanas arriscaria mais danos ao Twitter, grandes demais para justificar”, escreveu a juíza.
O cronograma acelerado é um bom presságio para o Twitter, escreveu o analista da Bloomberg Intelligence, Matthew Schettenhelm, em uma nota sobre as decisões.
“As alegações de Zatko ainda exigem que Musk prove um efeito adverso material excepcional” na aquisição “ou que ele confiou em uma mentira intencional no Twitter”, escreveu Schettenhelm. “Isso continua difícil.”
Musk desistiu de sua compra planejada do Twitter no início deste ano, alegando que a empresa não havia nivelado com ele sobre o número de contas de spam e bots entre seus mais de 230 milhões de usuários. O Twitter diz que as preocupações são um pretexto para não cumprir o acordo.
A equipe jurídica de Musk saudou a decisão da Justiça.
“Estamos esperançosos de que vencer a moção de emenda nos leve um passo mais perto da verdade que será revelada no tribunal”, disse Alex Spiro, principal advogado de Musk.
--Com a colaboração de Kurt Wagner e Molly Schuetz.
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