Bloomberg — Os preços do petróleo caíam nesta terça-feira (6), mitigando o rali pós-reunião da Opep+ com traders pesando o corte de produção do grupo contra outros bloqueios na China pelo covid-19.
O Brent de referência global caía abaixo de US$ 94 o barril depois de fechar em alta de quase 3% na segunda, quando a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, incluindo a Rússia, concordaram em reduzir a produção em 100.000 barris por dia.
Embora a Arábia Saudita tenha dito após a decisão que o grupo estava disposto a tomar medidas adicionais para apoiar o mercado, se necessário, o petróleo ainda negociada perto do limite inferior recente da faixa. Os bloqueios relacionados a vírus na China também estão se espalhando, reacendendo os temores de uma desaceleração global que pesou sobre os preços nos últimos meses, apesar dos esforços dos países do G-7 para limitar o preço das exportações russas.
“Provavelmente estamos nos movendo na direção certa em termos de acalmar o mercado de petróleo, mas todo esse atrito relacionado à Rússia parece que está indo apenas em uma direção”, disse Jeff Brown, presidente da consultora FGE, em uma entrevista à TV Bloomberg. “A Opep está essencialmente sinalizando que não gostam de US$ 90 por barril. Eles estão praticamente no limite de produção, então vão defender um preço alto.”
Os comerciantes de petróleo também lutam com a crescente crise de energia na Europa. Os governos estão reunindo medidas de emergência para apoiar as concessionárias em meio a preocupações de que as empresas se abaterão sob o peso das crescentes chamadas de margem.
Preços do petróleo
- O Brent para liquidação de novembro caía 2,3%, a US$ 93,59 o barril às 7h45 (horário de Brasília)
- Os preços subiam até 4,3%, para US$ 96,99 na segunda-feira.
- O WTI para entrega em outubro era negociado em US$ 87,17 o barril, 0,4% acima do fechamento de sexta-feira
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