Breakfast

As pedras nos sapatos dos CEOs da América Latina

Também no Breakfast: Força-tarefa contra crise energética na Europa alivia mercados, mas foco está nos bancos centrais; Segundo turno se torna mais provável após debate da Band e Por que este ex-BofA acha que você deveria ficar na Faria Lima, e não em Wall St

06 de Setembro, 2022 | 05:44 AM
Tempo de leitura: 4 minutos

Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

A inflação se tornou um dos principais obstáculos ao crescimento econômico regional e global. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que os preços em alta na América Latina atingirão o maior nível em 25 anos até o final de 2022, desafiando a recuperação com que os países estavam contando após a crise da Covid-19.

Os principais executivos das empresas da região estão tentando navegar pela tormenta e as conferências com investidores para discutir os resultados financeiros do segundo trimestre refletem essa empreitada.

A Bloomberg Línea fez uma análise, baseada em dados compilados pela Bloomberg, das conferências de empresas que relataram resultados até a semana encerrada em 28 de agosto. Foram analisadas companhias listadas nas bolsas do Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile e Peru, cujos principais indicadores agrupam mais de 200 empresas.

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⇒ De que falam os CEOs da América Latina? Os detalhes você lê aqui

Na trilha dos Mercados

As medidas de lideranças europeias para atenuar a crescente crise energética do continente dão certo alívio aos mercados. Mesmo assim, os investidores devem permanecer arredios, no aguardo dos pronunciamentos de dirigentes de autoridades monetárias, entre eles o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, e da decisão sobre juros do Banco Central Europeu (BCE), ambos agendados para quinta-feira. Economistas de alguns dos bancos mais proeminentes esperam um aumento dos juros europeus em 0,75 ponto percentual.

💸 Dinheiro mais caro. Nesta madrugada, a Austrália subiu de 1,85% para 2,35% suas taxas de juros e o banco central avisou que ainda não terminou o seu trabalho. No entanto, como os analistas esperam que seu PIB cresça de 3,3% para 3,5% no segundo trimestre, o país se encontra em uma posição mais cômoda para subir o custo do dinheiro.

⚡ Força-tarefa energética. Os países europeus estão em uma verdadeira cruzada contra o impacto da crise energética. A Suíça e a Finlândia se uniram à Alemanha para oferecer crédito às empresas de energia, já que o agravamento da crise de fornecimento e o aumento dos preços ameaçam criar um caos financeiro na Europa.

Os analistas do Goldman Sachs calculam um aumento de 2 trilhões de euros nas contas de energia para o bloco. Enquanto os formuladores de políticas europeias se apressam em achar soluções para a crise energética em espiral, a liquidez se converte em uma das questões mais urgentes. Na sexta-feira, ministros de energia da UE se reunirão em Bruxelas para implementar “instrumentos de liquidez de emergência”.

☝🏼 Medida inaugural. Nesse sentido, Liz Truss, escolhida ontem como a nova primeira-ministra do Reino Unido, anunciou o primeiro item de sua agenda: aliviar os boletos de energia em uma política que poderá custar aos cofres públicos US$ 130 bilhões de libras em 18 meses.

→ A análise completa você lê no Radar dos Mercados

Um panorama dos mercados no comecinho da manhã
🟢 As bolsas ontem: Bolsas dos Estados Unidos fechadas por feriado. Stoxx 600 (-0,62%), Ibovespa ( +1,21%)

Devido ao feriado nos EUA, a atenção se concentrou no mercado europeu. O índice Stoxx Europe 600 caiu, assim como o euro, repercutindo o anúncio da russa Gazprom de que o gasoduto Nord Stream permanecerá fechado indefinidamente por problemas técnicos. Neste cenário, o euro caiu para um mínimo de 20 anos durante o dia. Os futuros de ações de Wall Street avançaram, após acumular três declínios semanais seguidos na sexta-feira.

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No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

Indicadores PMIs: Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido

EUA: Índice de Tendência de Emprego/Ago, Atividade Não Manufatureira ISM/Ago

Europa: Alemanha (Encomendas à Indústria/Jul); Espanha (Confiança do Consumidor)

Ásia: Japão (Reservas Internacionais/Ago)

América Latina: México (Investimento Fixo Bruto/Jun)

Bancos Centrais: Decisão sobre juros na Austrália. Pronunciamento de Sabine Mauderer (Bundesbank)

📌 Para a semana:

Quarta: Evento da Apple sobre novos iPhones e relógios; O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, participa do Comitê do Tesouro; Livro Bege sobre a atividade econômica regional do Fed. A presidente do Cleveland Fed, Loretta Mester, deve falar em evento

Quinta: Decisão sobre as taxas do Banco Central Europeu. O presidente do Fed Jerome Powell participa de conferência do Instituto Cato em Washington. O governador Philip Lowe, do Banco Central da Austrália, fala em evento

Sexta: China (PPI, oferta de moeda, novos empréstimos em yuan). Reunião extraordinária dos ministros de energia da UE sobre intervenção de emergência nos mercados de eletricidade

Destaques da Bloomberg Línea

Café com mercado: Brasil descolado, rumo do dólar e juro alto por mais tempo

Por que a população chilena rejeitou a proposta de Constituição no país

CFO de empresa em crise é encontrado morto após cair de prédio em NY

GPA anuncia separação de operação do colombiano Éxito após ação disparar 9,7%

BTG/FSB: segundo turno se torna mais provável após debate da Band

E mais na versão e-mail do Breakfast:

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• Opinião Bloomberg: A gratuidade do transporte público deveria ser obrigatória?

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Edição: Michelly Teixeira, News Editor | Europe