Bloomberg — Os preços do petróleo disparavam no início desta semana, com a Opep+ considerando um corte simbólico de produção e a crise energética da Europa piorando drasticamente.
O petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) avançava para US$ 89 o barril, com os futuros de gás natural europeu subindo até 35%. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, incluindo a Rússia, se reunem nesta segunda-feira (5) para definir os níveis de oferta para outubro, com o grupo discutindo um corte de produção de 100.000 barris por dia.
O petróleo caiu acentuadamente na semana passada e, em geral, apresenta uma tendência de baixa desde junho, com o risco de uma desaceleração econômica global atingindo os mercados. Na semana passada, a gigante de energia russa Gazprom PJSC disse que os fluxos de gás ao longo de um importante oleoduto para a Alemanha não seriam retomados, logo após os ministros do G-7 terem endossado uma iniciativa liderada pelos EUA para limitar o preço do petróleo russo.
A perspectiva de demanda adicional de petróleo causada pelo salto nos preços do gás natural é um elemento que impulsiona o petróleo, disse Giovanni Staunovo, analista de commodities do UBS. “O outro é que alguns provavelmente esperam alguma ação da Opep+ ainda hoje.”
A mais recente alta nos contratos futuros de gás natural na Europa, que registrou o maior salto intradiário desde março, pode ser uma faca de dois gumes para o petróleo bruto. Embora o gás mais caro possa aumentar a demanda por combustíveis à base de petróleo, o rali também ameaça mergulhar a região em uma profunda recessão, prejudicando o consumo geral.
Preços do petróleo
- O WTI para entrega em outubro avançava 2,5% para US$ 89,08 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York às 7h35 (horário de Brasília)
- O Brent para liquidação de novembro subia 2,6%, para US$ 95,47 o barril na bolsa ICE Futures Europe
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