CFO de empresa em crise é encontrado morto após cair de prédio em NY

De acordo com o jornal The New York Times, morte de Gustavo Arnal, da Bed Bath & Beyond, está sendo tratado pela polícia local como suicídio

Tienda de Bed Bath & Beyond
Por Bloomberg News - Elena Popina - Joel Rosenblatt
05 de Setembro, 2022 | 10:58 AM

Bloomberg — O diretor financeiro da Bed Bath & Beyond, Gustavo Arnal, caiu de um prédio no bairro de Tribeca, em Manhattan, na última sexta-feira (2).

A empresa com sede em Nova Jersey confirmou o ocorrido em um comunicado divulgado no domingo (4). O O Gabinete do Médico Legal da cidade de Nova York considerou a morte como suicídio, de acordo com o The New York Times.

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“Gostaria de apresentar nossas mais sinceras condolências à família de Gustavo. Gustavo será lembrado por todos com quem trabalhou por sua liderança, talento e administração de nossa empresa”, disse Harriet Edelman, presidente independente do conselho de administração da Bed Bath & Beyond, em comunicado.

“Nosso foco é apoiar sua família e sua equipe e nossos pensamentos estão com eles durante este momento triste e difícil.”

Arnal estava entre os executivos da Bed Bath & Beyond que forneceram detalhes na última semana o plano de recuperação da empresa, que incluía cortar 20% dos empregos em suas operações corporativas e da cadeia de suprimentos e fechar cerca de 150 lojas com baixa produtividade. O plano também previa novos financiamentos e a venda de até 12 milhões de ações.

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O empresário ingressou na varejista em maio de 2020, em meio à pandemia de coronavírus. Ele teve passagens pela Avon Products, Walgreens Boots Alliance e Procter & Gamble. O New York Post foi o primeiro a noticiar a morte de Arnal.

Em um registro regulatório no mês passado, a Bed Bath & Beyond disse que ele havia vendido mais de 55.000 ações em várias transações entre 16 e 17 de agosto, como parte de um plano de negociação - normalmente adotados por executivos para vender ações regularmente. As vendas renderam US$ 1,4 milhão, segundo cálculos da Bloomberg, e Arnal ainda tinha quase 255.400 ações restantes.

Arnal também foi uma das partes, incluindo a própria Bed Bath & Beyond, nomeada em uma ação civil pública por fraude de valores mobiliários movida em 23 de agosto em um tribunal federal em Washington. A queixa alegava que, de março a agosto deste ano, as partes inflaram artificialmente as ações da empresa.

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Eles “descaradamente deturparam valores e lucros” da empresa, fazendo com que ela reportasse uma receita inflada, de acordo com o documento, que foi relatado pela primeira vez pelo Business Insider. Um e-mail enviado para a Bed Bath & Beyond fora do horário comercial pedindo comentários sobre o processo não foi respondido imediatamente.

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