Bloomberg Línea — O Bank of America (BAC) divulgou relatório na última sexta-feira (2) em que inicia a cobertura para as ações da construtora e incorporadora focada na alta renda JHSF (JHSF3), com recomendação de compra.
A justificativa, segundo o BofA, é que a companhia oferece uma “exposição única ao consumidor de luxo brasileiro”, visto como mais resiliente em um cenário de deterioração econômica.
Os retornos acima dos pares, o crescimento proeminente, principalmente o já contratado para os próximos anos, bem como o valuation atrativo mesmo em cenários de estresse também justificam a posição, segundo os analistas Aline Caldeira e Carlos Peyrelongue, que assinam o relatório.
A JHSF é uma construtora que atua no desenvolvimento e na gestão de empreendimentos multiuso de luxo, como shoppings, restaurantes, hotéis e prédios de alto padrão.
O banco estima um preço-alvo de R$ 10,50 para as ações da companhia, o que implica potencial de alta da ordem de 70% em relação ao fechamento do pregão de quinta-feira (1).
No relatório, o time de análise destaca que o diferencial da construção residencial da JHSF é focar em terrenos grandes e subvalorizados para criar clusters de luxo, com preços elevados impulsionados pelo branding.
“A combinação de preços mais altos, terrenos de baixo custo e escala de projetos leva a margens duas vezes maiores, com ROEs [Retorno Sobre o Patrimônio Líquido] de pelo menos 5 pontos percentuais acima dos pares”, escreve o BofA.
Balanço do segundo trimestre
Entre abril e junho, a JHSF apurou lucro líquido de R$ 220,7 milhões, queda de 31,3% em relação ao apresentado no mesmo período de 2021.
A receita líquida ficou em R$ 514,4 milhões, queda de 22,3% na base anual, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 283,7 milhões, 32,8% menor em relação ao apresentado um ano antes.
As vendas contratadas no trimestre, por sua vez, somaram R$ 416,5 milhões, um crescimento de 29,5% em relação aos primeiros três meses do ano.
Nesta segunda-feira (5), entrou em vigor a nova carteira teórica do Ibovespa, para o período de setembro a dezembro deste ano. Arezzo (ARZZ3), Raízen (RAIZ4) e São Martinho (SMTO3) foram incluídas no índice, enquanto JHSF foi excluída.
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