Bloomberg — A Nasa (agência espacial norte-americana) cancelou, neste sábado (3), a tentativa de lançamento da tão esperada missão de enviar um foguete ao redor da lua. É a segunda vez em uma semana que os engenheiros decidem cancelar o voo devido a problemas mecânicos.
Charlie Blackwell-Thompson, diretor de lançamento da missão Artemis I, cancelou o voo por volta das 12h17 (horário de Brasília), três horas antes do início da janela de lançamento programada.
Um vazamento no equipamento que transferia o combustível de hidrogênio impediu que os engenheiros da Nasa carregassem totalmente o foguete. Um vazamento semelhante foi um dos vários problemas que levaram ao adiamento da tentativa anterior em 29 de agosto.
“Vamos quando estiver pronto”, disse o administrador da Nasa, Bill Nelson, acrescentando que voos de teste como o que estava programado para este sábado são essenciais antes que os humanos possam voar em futuras missões. “Isso faz parte do negócio espacial.”
A Nasa não especificou imediatamente uma data para a próxima tentativa de lançamento. Se a agência decidir colocar o SLS (sistema de lançamento espacial) de volta no gigantesco Edifício de Montagem de Veículos, Nelson disse que a próxima tentativa de lançamento provavelmente não acontecerá até a segunda metade de outubro.
A tentativa de lançamento deste sábado demorou mais de uma década. Concebido pela primeira vez em 2010, o SLS foi originalmente projetado para ser lançado em 2017. Mas seu desenvolvimento foi adiado há muito tempo, com seu orçamento aumentando quanto mais tempo o foguete permanece no solo.
O custo de desenvolvimento do foguete subiu de US$ 7 bilhões originais para cerca de US$ 23 bilhões, de acordo com uma estimativa da Planetary Society.
Ao longo do tempo, as auditorias destacaram problemas nas principais companhias contratadas - Boeing Co. (BA) para o SLS e Lockheed Martin Corp. (LMT) para a cápsula Orion -, bem como testes e contratempos de construção.
Artemis I, quando for lançada, enviará uma cápsula Orion não tripulada em órbita ao redor da lua. A cápsula transportará cargas úteis à ciência e à tecnologia, encarregadas de se inserir em uma órbita lunar distante antes de retornar à Terra e mergulhar no Oceano Pacífico após uma missão de 37 dias.
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