Breakfast

Disputa pelo mercado de saúde se acirra

Também no Breakfast: Mercados querem ver no payroll dos EUA pistas sobre rumo dos juros; Petrobras faz novo corte da gasolina e preço acumula queda de 19% desde julho e Antes impensável, paridade da libra com o dólar vira possibilidade

02 de Setembro, 2022 | 05:55 AM
Tempo de leitura: 4 minutos

Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

Dono do CDB, rede de laboratórios de São Paulo, responsável por 40% do seu faturamento, o Grupo Alliar, controlado pelo empresário Nelson Tanure desde abril, prepara seu plano estratégico para os próximos cinco anos, com a ambição de se tornar o maior player de saúde suplementar do Brasil. É uma condição ainda distante, mas as ações para que se torne factível já estão sendo definidas.

A companhia planeja ampliar seu portfólio de negócios, fazer aquisições em um mercado ainda fragmentado e apostar em outras áreas, como medicina do esporte e genômica.

Em entrevista à Bloomberg Línea, a primeira desde que assumiu há menos de dois meses, o novo CEO da Alliar, Pedro Thompson (ex-Hurb, Estácio, Exame e BTG Pactual), revela que o grupo também vai reforçar sua presença no segmento de análises clínicas, que hoje representa cerca de 15% da receita.

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Também aposta no potencial de crescimento do mercado de vacinas e do iDr, sua healthtech para a realização de exames de maneira remota com uso de tecnologia, atendendo inclusive empresas de fora do grupo.

O plano agressivo da Alliar reflete a efervescência de um dos setores mais aquecidos da economia, em que players capitalizados buscam consolidar seus respectivos segmentos ou toda a indústria. Um ano atrás, a Alliar foi alvo de oferta hostil da Rede D’Or. Agora busca traçar o seu próprio caminho.

⇒ Leia os detalhes: Como a Alliar planeja se tornar a maior companhia de saúde suplementar do Brasil?

Na trilha dos Mercados

O vaivém das ações estará no ritmo do relatório de emprego nos Estados Unidos. O dado, que rastreia a oferta de vagas nos setores público e privado, dará uma ideia do aquecimento da economia norte-americana e se a sinalização de novas altas dos juros pelo Federal Reserve (Fed) pode ser absorvida pela economia - ou se culminará em recessão. O humor está suscetível ante um cenário de incertezas.

🧱 Firmeza. Dados recentes sobre o setor manufatureiro e os pedidos de seguro-desemprego dos EUA evidenciaram uma economia forte e resistente, reforçando a tese de que a mão do Fed seguirá pesando sobre o custo do dinheiro, com um acréscimo esperado de 0,75 ponto percentual dos juros na reunião do fim deste mês.

🧭 O Norte de hoje. O informe sobre o mercado de trabalho norte-americano dará novos elementos de análise aos investidores. Calcula-se que em torno de 300 mil empregos tenham sido criados em agosto, com um avanço superior a 5% nos salários. Cifras mais elevadas poderiam ter repercussões negativas nas bolsas e bônus, pois indicariam uma ação mais enérgica por parte do Fed.

🐻 Bônus globais no bear market. A disposição dos banqueiros centrais em debelar a inflação com juros mais altos atingiu em cheio o mercado de títulos soberanos nas últimas sessões. Pela primeira vez em uma geração, estes ativos adentram no mercado de baixa. O índice Bloomberg Global Aggregate Total Return dos títulos públicos e corporativos com grau de investimento baixou mais de 20% em relação ao seu pico de 2021, a maior queda desde sua criação em 1990. Instantes atrás, os títulos norte-americanos com prazo de 10 anos ensaiavam uma pequena recuperação, embora com pouca convicção.

→ A análise completa você lê no Radar dos Mercados

Um panorama do começo da manhã
🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (+0,46%), S&P 500 (+0,30%), Nasdaq Composite (-0,26%), Stoxx 600 (-1,80%), Ibovespa (+0,81%)

Apesar de a maioria dos indicadores fechar no azul, o sentimento era de cautela, o que contribuiu para a apreciação do dólar. A moeda atingiu um recorde de alta com a especulação de que os dados macroeconômicos mais recentes forçarão o banco central dos Estados Unidos a aumentar as taxas em 0,75 ponto percentual em sua próxima reunião, no final do mês.

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No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: Relatório de Emprego (Payroll) não-agrícola/Ago; Payroll do Governo/Ago; Taxa de Desemprego/Ago; Pedidos de Bens Duráveis Excluindo Defesa/Jul; Encomendas à Indústria/Jul; Vendas de Veículos

Europa: Zona do Euro (IPP/Jul); Alemanha (Balança Comercial/Jul); França (Balanço Orçamentário do Governo/Jul); Espanha (Variação no Desemprego)

América Latina: Brasil (IPC/Fipe, Produção Industrial/Jul); Argentina (Receita Tributária)

Destaques da Bloomberg Línea

Petrobras faz novo corte da gasolina e preço acumula queda de 19% desde julho

Bancos revisam projeções e agora esperam que Brasil cresça 3% este ano

Antes impensável, paridade da libra com o dólar vira possibilidade

Presidente da petroleira Lukoil morre ao cair da janela em hospital na Rússia

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: • Gestora alerta para risco de ‘terceiro turno’ em eleições e impacto no mercado • Junior do Madero, Cris do Nubank, Brex e os novos bilionários brasileiros • Mercado Livre faz captação inédita de R$ 1 bi no mercado de dívida local • Vale e BHP dobram oferta por acordo por desastre de Mariana, segundo fontes

• Opinião Bloomberg: Avaliações feitas durante o ensino remoto podem ser inconstitucionais

• Pra não ficar de fora: Twitter testa botão para editar tuítes até 30 minutos depois de publicados

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Edição: Michelly Teixeira, News Editor | Europe