Mercados abrem setembro em queda e juro futuro atinge maior nível desde 2007

Novo lockdown na China, na cidade de Chengdu, com 21 milhões de habitantes, acentua temores sobre desaceleração da economia global

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Bloomberg Línea — Os índices de ações na Ásia e na Europa abrem o mês de setembro em queda, enquanto os futuros americanos seguem o mesmo caminho, depois de um mês de agosto de perdas. O pano de fundo: receios com o aumento de juros prolongado dos bancos centrais das principais economias, além de fatos novos como um lockdown na China e medidas que afetam uma gigante de chips.

Os rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro americano de 2 anos, que servem de referência para os juros futuros, atingem o maior patamar desde 2007, a 3,50%.

No Brasil, a manhã reserva o resultado do PIB do segundo trimestre, divulgado às 9h pelo IBGE.

Confira o desempenho dos mercados nesta manhã de quinta-feira (1):

  • Por volta das 7h30 (horário de Brasília), o futuro do S&P 500 recuava 0,70%, e o do Nasdaq caía 1,06%;
  • Na Ásia, os índices fecharam em queda: o Nikkei 225, de Tóquio, perdeu 1,53%, e o Hang Seng, de Hong Kong, teve recuo de 1,79%;
  • Na Europa, as bolsas operavam no vermelho: o índice Dax, de Frankfurt, perdia 1,22%, enquanto o FTSE 100, de Londres, recuava 1,51%.

Cenário externo

Novo lockdown na China: Cerca de 21 milhões de pessoas estão obrigadas a ficar em casa na cidade de Chengdu, capital da província de Sichuan, no sul da China, em tentativa das autoridades de conter um novo aumento de casos de coronavírus, segundo anúncio nesta quinta. Trata-se do maior confinamento desde o imposto no centro financeiro do país, em Xangai, até junho. E uma nova ameaça à economia global dado os impactos em cadeia a partir do segundo maior PIB do mundo.

Petróleo reflete receio sobre demanda: Os preços do petróleo recuam de forma mais acentuada nesta quinta dada a avaliação de que a desaceleração da economia afetará os níveis de demanda. Os contratos futuros mais negociados do tipo WTI, no mercado americano, caíam cerca de 2% nesta manhã, para o patamar de US$ 88 o barril.

Chips sob pressão: Ações de tecnologia enfrentam até componente geopolítico neste momento: a Nvidia, gigante de chips, informou na quarta que o governo americano disse à empresa para restringir as vendas para os governos da China e da Rússia, para evitar o uso pelas forças armadas dos países. As ações da Nvidia fecharam em queda de 6,5% no after market ontem.

- Com informações da Bloomberg News

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