YouTube revela quantas pessoas vivem de criar conteúdo no Brasil

Site de vídeos gerou impacto de R$ 6 bilhões na economia brasileira em 2021, segundo pesquisa encomendada pela plataforma à Oxford Economics

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31 de Agosto, 2022 | 07:21 PM

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Bloomberg Línea — O YouTube não é mais um representante da “economia do futuro”. É uma plataforma que já integra a economia do Brasil e até com o mercado de trabalho do país, segundo estudo da consultoria britânica Oxford Economics, divulgado nesta quarta-feira (31).

De acordo com o relatório Impacto Econômico do YouTube 2021, contratado pelo Google (GOOG), a plataforma de vídeos gerou 160 mil “empregos equivalentes” no ano passado.

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Isso significa que essas pessoas dedicaram horas semanais correspondentes a um emprego em tempo integral à produção de vídeos no YouTube, tanto como “youtubers” quanto como membros das equipes de produção. Seja como criadores ou como parte das equipes de produção e apoio.

A pesquisa também apontou que havia dois mil canais com mais de um milhão de inscritos em dezembro de 2021. Alta de 20% em relação a dezembro de 2020.

Também houve crescimento entre os canais com mais de 200 mil inscritos: eram 20 mil em dezembro de 2021, 25% a mais que um ano antes, de acordo com o relatório.

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A pesquisa ouviu 7 mil pessoas, entre criadores e usuários do YouTube, e entrevistou especialistas “para obter insights sobre como a plataforma está contribuindo para a sociedade e a cultura brasileiras”.

O resultado, diz a consultoria, é que o YouTube impactou o PIB brasileiro em R$ 6 bilhões em 2021. O estudo explica que esse valor engloba tanto a receita auferida pelos canais diretamente quanto os impactos indiretos nos negócios relacionados aos canais e as rendas externas ao YouTube dos criadores, como marcas que contratam os youtubers, em vez de comprar espaços por meio da plataforma do Google.

O estudo levantou ainda que 78% das pequenas e médias empresas que usam o YouTube concordaram que a plataforma ajudou seus negócios durante a pandemia. E 78% delas disseram que “o YouTube é essencial para o crescimento de seus negócios”.

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“Quando donos de empresas de todos os tamanhos compartilham um conteúdo que informa, educa e diverte, isso os ajuda a construir um público orgânico, que futuramente, pode se converter como clientes”, diz a Oxford Economics, no relatório da pesquisa. “E, ao invés de apenas obterem informações de produtos e serviços, os usuários do YouTube podem procurar conteúdos específicos, assistir a tutoriais e ouvir a opinião diretamente do proprietário da empresa.”

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Pedro Canário

Repórter de Política da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero em 2009, tem ampla experiência com temas ligados a Direito e Justiça. Foi repórter, editor, correspondente em Brasília e chefe de redação do site Consultor Jurídico (ConJur) e repórter de Supremo Tribunal Federal do site O Antagonista.