Desemprego recua para 9,1% no Brasil, menor taxa para julho desde 2015

População ocupada atingiu recorde de 98,7 milhões, o maior da série histórica do IBGE, enquanto o rendimento real voltou a subir

Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas teve um acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho (3,7%)
31 de Agosto, 2022 | 09:06 AM

Bloomberg Línea — A taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,1% no trimestre encerrado em julho de 2022, no menor patamar desde dezembro de 2015 e com número recorde de pessoas ocupadas: 98,7 milhões, o maior patamar desde o início da série histórica. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

Ainda segundo o instituto, depois de dois anos, o rendimento real habitual voltou a crescer e chegou a R$ 2.693 no trimestre.

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Os dados vêm no contexto da corrida para as eleições de outubro, com analistas ponderando que o atual presidente e candidato a à reeleição Jair Bolsonaro (PL) segue abaixo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas, apesar da sinalização de melhoras econômicas no país.

Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (31) mostrou que o início do horário eleitoral na TV e as entrevistas dos candidatos ao Jornal Nacional, da Globo, pouco mudaram o cenário eleitoral. Lula segue na liderança, com 44% (ante 45% há duas semanas), enquanto Bolsonaro continua 12 pontos atrás, com 32% (ante 33% há duas semanas).

A pesquisa foi feita entre os dias 25 e 28 de agosto e não contemplou as reações dos eleitores ao primeiro debate entre os candidatos, transmitido pela Bandeirantes no último domingo (28). Mas aconteceu depois das entrevistas ao Jornal Nacional em horário nobre.

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Segundo o IBGE, duas atividades influenciaram a queda do desemprego em julho: comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho, e o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com incremento de 648 mil pessoas.

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Ana Siedschlag

Editora na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em finanças e investimentos. Passou pelas redações da Forbes Brasil, Bloomberg Brasil e Investing.com.