Mercado reduz expectativa para a inflação e 4 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais tópicos que vão marcar o sentimento dos mercados nesta segunda-feira (29)

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Bloomberg Línea — A semana começa com os investidores digerindo as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na última semana. Por aqui, as manchetes dos principais jornais do país repercutem o primeiro debate presidencial que aconteceu na noite de ontem. Já sobre indicadores locais, o destaque são os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, referente ao mês de julho.

Veja as outras notícias que devem impactar os mercados nesta segunda-feira (29):

1. Expectativas reduzidas

O mercado reduziu mais uma vez a expectativa para a inflação deste e do próximo ano, de 6,82% para 6,70% em 2022 e de 5,33% para 5,30% para 2023, mostrou o Relatório Focus, divulgado nesta manhã pelo Banco Central. Esta é a nona queda consecutiva para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano.

Além disso, as instituições financeiras revisaram mais uma vez a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, de 2,02% para 2,10%. Para o ano que vem, no entanto, a expectativa de crescimento para a economia brasileira foi reduzida, de 0,39% para 0,37%. Já as expectativas para o dólar e a Selic foram mantidas, com a previsão de 13,75% para a taxa básica de juros no fim de 2022, R$ 5,20 para o câmbio em dezembro deste ano.

2. Cripto em queda

A cautela voltou a pairar sobre os investidores após as falas de Jerome Powell, presidente do Fed, na última semana. Com isso, o Bitcoin voltou a operar abaixo da faixa dos R$ 20 mil pela primeira vez desde julho.

O movimento acontece em meio à incerteza sobre o caminho e a magnitude dos aumentos das taxas do Fed e o efeito que poderiam ter sobre ativos mais arriscados. Às 9h30, o maior token digital do mundo recuava - 4,06%.

3. Mercados

Os futuros americanos e as bolsas europeias caíam na manhã de hoje, com os investidores digerindo as falas do presidente do Fed, Jerome Powell, na última sexta-feira, em Jackson Hole. Ele reafirmou o compromisso da autoridade monetária em conter a inflação, e disse que as taxas de juros precisam permanecer altas para isso.

Nos EUA, o Dow Jones futuro recuava 3,03%, enquanto o S&P caía 3,07%, e o Nasdaq, 3,94%. Na Europa, o FTSE, de Londres, registrava queda de 0,70% perto das 9h00, e o Stoxx600, caía 1,01%. Enquanto isso, o Dollar Index, que mede a força da moeda americana em relação a uma cesta de outras moedas, subia 0,01% no mesmo horário.

4. Manchetes do dia

  • Estadão: Cantanhêde: ‘Tebet e Soraya roubam a cena no primeiro debate na TV, com Lula e Bolsonaro fora de foco’
  • Folha de S. Paulo: Bolsonaro insulta mulher em debate; Lula foge de corrupção
  • O Globo: Debate teve embate sobre corrupção e ataque a mulheres: relembre 5 confrontos
  • Valor: Após melhora no segundo trimestre, PIB vive incerteza

5. Agenda

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de julho são o destaque na agenda de indicadores locais nesta segunda.

Nos EUA, será divulgado ainda hoje o Índice de Atividade das Empresas Fed Dallas referente ao mês de agosto, e os empréstimos bancários referentes ao mesmo mês. Além disso, fica no radar dos investidores também o discurso da vice-presidente do Federal Reserve, Lael Brainard, que poderá dar novos indícios sobre a atuação do banco central dos EUA.

E também...

Os preços do petróleo sobem nesta manhã, enquanto os investidores avaliam os riscos para as perspectivas de oferta, com possíveis cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Pesam também os conflitos na Líbia, que deixaram pelo menos 23 mortos e ampliaram os temores de uma guerra, o que poderia colocar os embarques da commodity em risco.

Às 8h20 de hoje, o petróleo tipo Brent subia 0,30%, a US$ 99,31 o barril, e o WTI avançava 0,29%, a US$ 93,37.

- Com informações da Bloomberg News

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