Bloomberg — O governo do Chile criticou Jair Bolsonaro por ter acusado o presidente Gabriel Boric de participar de uma onda de violência que paralisou o país no final de 2019.
Os comentários de Bolsonaro foram considerados inaceitáveis e quebraram as regras de respeito mútuo que regem as relações entre as nações latino-americanas, disse o ministério das Relações Exteriores do Chile, em comunicado.
O governo do Chile também convocou o embaixador do Brasil em Santiago para consultas, o que, na diplomacia, tem um significado de insatisfação e tensionamento das relações bilaterais.
“O uso político das relações bilaterais para fins eleitorais, baseado em mentiras, desinformação e manipulação, corrói não apenas os vínculos entre nossos países mas também a democracia.”
No debate de domingo à noite (28), transmitido pela TV Bandeirantes, Bolsonaro acusou o rival Luiz Inácio Lula da Silva de apoiar Boric, “o mesmo que praticava atos de tocar fogo em metrôs lá no Chile”.
Manifestantes queimaram 18 estações de metrô durante um surto de violência em outubro de 2019. Boric, deputado na época, fazia parte de um grupo de políticos que concordou em elaborar uma nova constituição para reprimir a violência - que vai a um referendo neste fim de semana.
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