Inflação nos EUA: PCE desacelera em julho e alivia pressão sobre o Fed

Preços ao consumidor da maior economia do mundo subiram 0,1% em julho, contra uma alta de 0,6% em junho

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Bloomberg Línea — Os preços aos consumidores dos Estados Unidos subiram 0,1% em julho, na comparação mensal, acumulando uma alta de 6,3% nos últimos 12 meses - menor que o esperado e abaixo da alta de 6,8% do mês anterior. O resultado tira um pouco da pressão sobre o Federal Reserve, o banco central do país, que tem lutado para conter a inflação com consecutivos aumentos de juros.

Os números da inflação do índice PCE, o mais observado pela autoridade monetária, foram divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Departamento de Estatísticas dos Estados Unidos e antecedem as falas do presidente da instituição, Jerome Powell, às 11h (horário de Brasília), no simpósio de Jackson Hole.

Perto das 9h40, os futuros dos principais índices americanos mantinham a queda da manhã, com cautela ativada antes do esperado discurso. Os futuros do Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuavam 0,10%, 0,27% e 0,39%, respectivamente.

Espera-se que Powell reafirme o plano de continuar aumentando as taxas de juros. Ontem, autoridades do Fed enfatizaram a necessidade de continuar o aumento de juros, embora tenham evitado comentar sobre o tamanho da alta esperada para a próxima reunião, em setembro.

No entanto, o país também divulgou uma alta de 0,1% nos gastos pessoais e de 0,2% na renda pessoal, outras medidas monitoradas de perto pelos formuladores de política monetária e que desaceleraram em relação ao último mês. Em linha com os dados do Produto Interno Bruto americano, divulgado ontem, os índices mandam um recado de que a economia esfriou nas últimas semanas, potencial resultado da alta de juros.

O PIB ajustado pela inflação do país, ou o valor total de todos os bens e serviços produzidos na economia americana, caiu a uma taxa anualizada de 0,6% no período de abril a junho, mostraram dados do Departamento de Comércio nesta quinta. Isso reflete uma revisão para cima nos gastos do consumidor e se compara a uma contração de 0,9% relatada anteriormente.

--Com informações da Bloomberg News

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