Bloomberg Línea — O dia começa com os olhares atentos ao primeiro dia do Simpósio de Jackson Hole, nos Estados Unidos, que reúne autoridades de política monetária do mundo todo. Além disso, a divulgação da revisão do PIB americano nesta manhã também deve movimentar os mercados. Por aqui, o destaque em termos de indicadores fica como os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged.
Veja as outras notícias que devem impactar os mercados nesta quinta-feira (25):
1. PIB americano
A nova revisão do PIB dos Estados Unidos, divulgado nesta manhã, mostrou um recuo de 0,6% no segundo trimestre em termos anualizados, de acordo com o BEA (Bureau of Economic Analysis), melhor do que a expectativa dos analistas, que era de -0,8%, e da divulgação anterior, que era de -0,9%.
No entanto, este é o segundo trimestre consecutivo com o PIB em queda, o que já configura um cenário de recessão técnica no país, embora o governo americano afirme que uma recessão depende de outros fatores além da queda do PIB.
2. Rombo no orçamento
A ser enviado até o fim deste mês ao Congresso, o projeto de lei orçamentária para o ano de 2023 prevê um déficit primário entre R$ 60 bilhões e R$ 65 bilhões para o governo central, de acordo com fontes do ministério da Economia à Reuters, o que significa que o governo voltaria ao saldo negativo depois do superávit primário esperado para 2022.
De acordo com as fontes, sob condição de anonimato, o número pode ser ainda pior, já que o o impacto do Auxílio Brasil ampliado de 400 reais para 600 reais não foi incorporado às contas.
3. Mercados
Os futuros americanos sobem nesta manhã, afastando a ansiedade da semana e aproveitando os ganhos da sessão anterior. O investidores aguardam o início do simpósio econômico de Jackson Hole, que começa hoje nos EUA e, há 40 anos, é local de encontro anual dos bancos centrais. Os futuros do Dow Jones subiam 0,33%, o S&P avançava 0,60%, e o Nasdaq, 0,75% perto das 9h00.
Na Europa, o PIB alemão, divulgado mais cedo, registrou um ganho de 0,1% no segundo trimestre, melhor do que o esperado, o que ajudou a estabilizar o sentimento dos investidores. O FTSE, de Londres, subia 0,19%, enquanto o Stoxx600 tinha alta de 0,23%. Enquanto isso, o Dollar Index, que compara a moeda americana a uma cesta de outras moedas, cai 0,23%. Por aqui, o Ibovespa futuro abriu em alta de 0,53%, a 115.390 pontos.
4. Manchetes do dia
- Estadão: Orçamento secreto vai capturar verba da área da saúde no ano que vem
- Folha de S. Paulo: Guedes sobe o tom com empresários e diz que Bolsonaro e Lula não são iguais
- O Globo: Disputa pelo voto da classe média urbana é a mais acirrada da eleição, em especial no Sudeste
- Valor: Governos correm para lançar últimos leilões em 2022
5. Agenda
A quinta-feira é um dos dias mais aguardados da semana pelos investidores. Isso porque começa hoje, nos EUA, o Simpósio de Jackson Hole, que reúne autoridades de finanças e políticas monetárias do mundo todo. Além disso, a agenda do dia também guarda indicadores importantes, como a divulgação dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aqui no Brasil, e a confiança do consumidor referente ao mês de julho, da FGV.
Lá fora, os destaques são os pedidos contínuos por seguro-desemprego semanal dos EUA, o núcleo de preços PCE, preços para gastos de consumo pessoal, referente ao segundo trimestre, estimativas para o PIB do segundo trimestre e gasto dos consumidores referente ao mesmo período. Na Europa, saíram mais cedo os números do do PIB da Alemanha referente ao mês de agosto, e a ata de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
E também...
Os preços do petróleo sobem levemente nesta manhã, seguindo as notícias de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) poderia diminuir a oferta da commodity. Paralelamente, pesa também a queda nos estoques de petróleo dos EUA, que contribui para pressionar os preços.
Às 8h30 de hoje, o petróleo tipo Brent subia 0,62%, a US$ 101,85 o barril, e o WTI avançava 0,40%, a US$ 95,27. Ontem, os preços tanto do contrato do tipo Brent quanto o WTI atingiram máximas de três semanas.
- Com informações da Bloomberg News
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