Musk repreende cliente que reclamou de versão Beta de piloto automático da Tesla

Dono da montadora de carros elétricos respondeu a usuário no Twitter que ele não deveria reclamar de uma versão que ainda não está pronta

Musk anunciou no fim de semana que a Tesla começará a cobrar US$ 3.000 a mais pelo sistema
Por Craig Trudell
24 de Agosto, 2022 | 07:40 AM

Bloomberg — Elon Musk não quer ouvir reclamações de clientes que testam o sistema de assistência ao motorista, pelo qual a Tesla (TSLA) planeja começar a cobrar US$ 15.000 nas próximas semanas.

O CEO repreendeu um proprietário da Tesla que postou vídeos no Twitter na terça-feira (23) mostrando que uma nova versão beta do sistema chamado de Full Self-Driving (direção autônoma completa, em tradução livre) às vezes mostra problemas ao fazer curvas à direita e outras tarefas básicas.

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“O 10.69 está em versão limitada por um motivo”, respondeu Musk, referindo-se à versão mais recente do sistema lançada para clientes selecionados na semana passada. “Por favor, não peça para ser incluído nos primeiros lançamentos beta e depois reclame.”

10.69 está em versão limitada por um motivo. Por favor, não peça para ser incluído nas primeiras versões beta e depois reclame.

— Elon Musk (@elonmusk) 23 de agosto de 2022

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Musk anunciou no fim de semana que a Tesla começará a cobrar US$ 3.000 a mais pelo sistema que, ao contrário do nome, ainda exige supervisão ativa do motorista e não torna os veículos da empresa autônomos. O Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia acusou a companhia de enganar os consumidores, e a Administração Nacional de Segurança no Trânsito nas Rodovias (NHTSA) dos EUA está investigando se a tecnologia da montadora está com defeito.

A NHTSA também examinou a Tesla no ano passado por submeter os testadores beta do Full Self-Driving a acordos de confidencialidade que podem ter impedido o acesso às informações que a agência precisava para avaliar o programa. Embora a montadora tenha incentivado os clientes a compartilhar sua experiência com o sistema, pediu que eles o fizessem seletivamente, citando preocupações de que os críticos que queriam que a empresa falhasse caracterizassem erroneamente o feedback compartilhado nas mídias sociais.

Em outubro, Musk confirmou que a Tesla havia retirado o acordo de confidencialidade. Alguns meses depois, a empresa demitiu um funcionário dias depois de ele ter postado um vídeo no YouTube de seu carro colidindo com um poste de trânsito enquanto usava o Full Self-Driving.

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Musk escreveu no passado que aprecia o feedback crítico e instou seus seguidores no Twitter em fevereiro a buscar avaliações negativas.

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