Tem coisas que as pessoas só perguntam ao Google, diz CEO no Brasil

Fábio Coelho é o convidado do primeiro episódio da segunda temporada do Casa de Negócio$, websérie da Bloomberg Línea; assista a conversa

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Bloomberg Línea — O Google (GOOG) se tornou uma parte da cultura brasileira nos últimos anos e abriu caminhos para que a empresa do Vale do Silício expandisse e trouxesse mais produtos ao cotidiano.

Fábio Coelho, CEO do Google no Brasil, conta que o brasileiro tem uma experiência digital sofisticada e, por ser extremamente social, tenta sempre participar do que está acontecendo - o que gera mais afinidade ao YouTube, por exemplo, também da empresa. Em entrevista ao Casa de Negócio$, websérie da Bloomberg Línea, o executivo conta que a conexão da plataforma de vídeo com a TV, por exemplo, possibilitou que o público brasileiro batesse recordes de visualizações, especialmente na pandemia.

Coelho cita as lives de músicas e transmissões de partidas de futebol como exemplo de serviços que se intensificaram na pandemia e ampliaram a concorrência para o setor de streaming. “O consumidor quer estar no controle. Agora, há vários serviços em streaming, vídeos on demand, a opção de ver vídeos ao vivo na televisão ou na internet.”

Além desses, o Gmail, o Waze, o Google Cloud, o Maps, o Workspace e o Google Sala de Aula são outras aplicações citadas pelo CEO no Brasil como serviços em destaque no país. Embora ainda seja muito conhecido pela sua ferramenta original de buscas, a ponto de ter se tornado praticamente um sinônimo - “dá um google aí” -, o executivo diz que não é fácil definir quais são os concorrentes. “Depende do que você se propõe a mostrar.”

“Menos preocupado com a concorrência, o que tentamos é criar plataformas gratuitas com acesso a todos e buscar que elas estejam sempre atualizadas.”

Assista a entrevista completa aqui:

Relação especial

Coelho conta que 15% das buscas feitas no Google Search todos os dias são novas, nunca foram feitas, o que ilustra a abrangência da plataforma. “Temos que entender como o consumidor muda a exigência, o processo de busca, a experiência da busca, que pode ser por voz ou por imagem.”

O CEO do Google no Brasil diz que é possível perceber como as pessoas se sentem íntimas do buscador, a tal ponto que, respeitadas a privacidade e a confidencialidade dos dados, é possível verificar um comportamento em massa nas pesquisas.

“‘Como trocar de emprego’ e ‘como emagrecer’, são perguntas que são tendências no fim do ano, por exemplo. Mas tem coisas que as pessoas só perguntam ao Google, que se torna um oráculo, quase um confessionário.”

Diante de tanta responsabilidade, o Google tem uma receita para continuar a prender a atenção de milhões de usuários no Brasil e no mundo. “Para se manter relevante é preciso inovar sempre”, disse Coelho, defendendo que, para promover uma boa experiência aos usuários, é necessário não só oferecer um serviço de qualidade como valorizar as interações.

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