Bloomberg — O Credit Suisse (CS) busca ampliar o alcance de sua gestão de patrimônio com a transferência de recursos de outras áreas em meio a cortes na problemática divisão de banco de investimento.
O banco suíço está transferindo consultores para a divisão Private Banking International (PBI), liderada por Raffael Gasser, de acordo com um memorando interno visto pela Bloomberg. O objetivo é atender uma gama maior de clientes globais de patrimônio alto, além do segmento de ultra-ricos, de acordo com o memorando.
Cerca de um terço dos gerentes de relacionamento da área de gestão de patrimônio na Suíça que atualmente não fazem parte da PBI serão transferidos, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto. Na prática, isso vai reduzir a ênfase em negócios regionais ao concentrar os gerentes em uma única unidade.
O foco maior em gestão de patrimônio além das grandes fortunas que o banco já atende, se assemelha à estratégia do UBS.
Após vários trimestres de resultados ruins e turbulências, o novo CEO do Credit Suisse, Ulrich Koerner, realiza a segunda reformulação estratégica em um ano e toma medidas mais duras na área de banco de investimento. O credor contratou Dixit Joshi, ex-tesoureiro do Deutsche Bank, como CFO, e promoveu Francesca McDonagh a chefe de operações.
O Credit Suisse disse que apresentará um plano de reestruturação para o banco de investimento até novembro, quando divulgará os resultados do terceiro trimestre. Uma opção que está sendo discutida é que o banco de investimento pode deixar de existir como uma unidade separada, informou a Bloomberg esta semana.
No final do ano passado, o Credit Suisse delineou uma estratégia para todo o grupo que consiste em encolher o banco de investimento e transferir cerca de US$ 3 bilhões em capital para a unidade de gestão de patrimônio.
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