Marcas de cervejas mexicanas e brasileiras estão entre as mais fortes do mundo

A mexicana Corona está entre as com maior valuation no mundo; brasileiras Brahma e Skol são as mais consolidadas, segundo consultoria

Pintas de cerveza en un pub de Londres
21 de Agosto, 2022 | 02:30 PM

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Bloomberg Línea — Com a vida voltando ao normal após as restrições impostas pela pandemia de covid-19, eventos esportivos e sociais, bem como visitas a restaurantes e bares voltaram a todo o vapor, impulsionando o consumo de produtos como a cerveja. O movimento contribui para uma recuperação do setor, apesar das interrupções nas cadeias de abastecimento. A consultoria de marcas Brand Finance estima que a indústria da cerveja tenha crescido 7% no ano até julho.

Mas em meio a uma demanda flutuante, qual é atualmente a marca de cerveja mais valiosa do mundo e qual é a mais consolidada? Um ranking da Brand Finance revela que, em 2022, a Corona é a mais valiosa e a Brahma, a mais forte. Segundo o relatório, as cervejas mexicanas e brasileiras brilham e figuram nos brindes de todo o mundo.

Globalmente, a cerveja mexicana Corona, do Grupo AB InBev (BUD), lidera o ranking. Seu valor de marca, que aumentou 21% entre 2021 e 2022, totaliza US$ 7 bilhões, mantendo assim o título de mais valiosa pelo segundo ano consecutivo.

De acordo com o relatório, a Corona enfrentou alguns problemas durante a pandemia, principalmente nos Estados Unidos, pois alguns consumidores inicialmente hesitaram em comprar seus produtos devido à sua associação com o coronavírus. Apesar disso, a marca tem conseguido manter seu crescimento.

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O segundo lugar em termos de valuation vai para a holandesa Heineken, que este ano reduziu a vantagem da Corona sobre ela, com seu valor aumentando em 23%. A marca está agora avaliada em US$ 6,9 bilhões. Sua recuperação está relacionada à recuperação das vendas em bares, pubs e eventos, de acordo com o relatório.

Além disso, a Heineken implementou uma nova estratégia de marca “EverGreen”, impulsionando maior compromisso com a sustentabilidade e o meio ambiente e, dessa forma, ampliando seu mercado.

No que diz respeito às marcas latino-americanas mais valiosas, além da Corona, a mexicana Modelo Especial, também do grupo InBev, figura em quinto lugar. Seu valuation é de US$ 3,9 milhões.

Além delas, em 11º lugar está a Skol; em 13º lugar está a Victoria, do México; em 17º lugar está a Brahma; em 21º lugar está a mexicana Tecate; e em 25º lugar, fechando o ranking, está a Antarctica. No ranking geral, que inclui 25 marcas, destacam-se quatro mexicanas e três brasileiras, sendo estas as únicas representantes latino-americanas no grupo.

As marcas de cerveja mais consolidadas

Corona e Brahma são as marcas com melhor classificação

O ranking da Brand Finance não apenas avalia as marcas mais valiosas, mas também as mais fortes ou mais consolidadas, determinadas através de uma avaliação de métricas de marketing e desempenho comercial, bem como de pesquisas de mercado.

Em termos das marcas mais fortes, a Brahma se destaca como a mais consolidada do mundo, com um Índice de Força de Marca de 93 (de 100) e uma classificação correspondente de “AAA+” (este é um formato semelhante a uma classificação de crédito utilizada pela consultoria e é a mais alta no ranking).

A Brahma, que atualmente é de propriedade da cervejaria belga InBev, teve aumento de 21% no valor da marca, chegando a US$ 1,7 bilhão. O relatório destaca que a Brahma é uma marca estabelecida no setor de bebidas alcoólicas desde o final da década de 1880 graças à sua textura cremosa e aroma frutado.

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A marca fez esforços para consolidar e reforçar sua identidade brasileira através de uma parceria com a marca de carnes Wessel, em uma campanha publicitária para promover um par “perfeito” entre o churrasco e a Brahma.

O segundo lugar no ranking vai para a Skol, avaliada em US$ 90,5 milhões e com classificação de marca “AAA+”. A Corona ficou em terceiro lugar, com pontuação de 89,8, de 100, no Índice de Força de Marca e classificação de marca “AAA+”. Em sexto lugar está a Tecate, a cerveja mexicana avaliada em US$ 87,9 milhões e com classificação “AAA”.

Já em oitavo lugar está a Victoria, do México, avaliada em US$86,6 milhões e com classificação “AAA”; e em nono lugar está a Antarctica, avaliada em US$ 86,2 milhões e com classificação “AAA”.

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Leidys Becerra (BR)

Jornalista colombiana com experiência na cobertura de temas locais e internacionais e na geração de conteúdo digital. Foi redatora de notícias da Univision, com passagens pelas redações dos periódicos colombianos El Tiempo e da Semana