Bloomberg — Os preços do petróleo devem fechar a semana com uma queda acumulada, com as persistentes preocupações com uma possível desaceleração econômica ofuscando os sinais de melhora na demanda dos Estados Unidos.
Os futuros do West Texas Intermediate (WTI) caíam para perto de US$ 89 o barril nesta sexta-feira (19), com recuo de 3% na semana após outro período de negociação instável.
Embora a demanda de gasolina nos EUA esteja aumentando depois que os preços nas bombas caíram e o novo secretário-geral da Opep fez um alerta sobre a capacidade de produção “escassa”, as preocupações com o enfraquecimento do crescimento econômico em todo o mundo continuam pairando sobre o mercado.
“Continuamos com os ventos contrários do risco de uma desaceleração econômica, já que os bancos centrais continuam seus esforços para reduzir a inflação, matando a demanda por meio de taxas mais altas”, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank. “Com isso em mente, parece que o macro tem vantagem sobre o micro neste estágio.”
O mercado está digerindo sinais mistos de política dos funcionários do Federal Reserve sobre as taxas de juros. James Bullard, de St. Louis, pediu outro movimento de 75 pontos-base, enquanto Esther George, de Kansas City, adotou um tom mais cauteloso, dizendo que o ritmo dos aumentos está em debate. O dólar também se fortaleceu esta semana, aumentando os empecilhos para as commodities.
Os comerciantes também estão atentos a qualquer progresso no acordo nuclear iraniano, o que pode levar a mais fluxos de petróleo do produtor da Opep.
Preços do petróleo
- O WTI para entrega em setembro caía 1,2% para US$ 89,43 por barril às 8h25 (horário de Brasília)
- O Brent para liquidação de outubro recuava 1,2%, para US$ 95,46 o barril
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