Bloomberg — O lucro da Xiaomi caiu mais do que o esperado no segundo trimestre depois que a queda global da venda de smartphones interrompeu o crescimento da gigante chinesa de telefonia móvel.
O lucro líquido da empresa caiu 83%, para 1,39 bilhão de yuans (US$ 204 milhões) nos três meses encerrados em junho, contra estimativas de 1,5 bilhão de yuans. A receita caiu 20%, para 70,2 bilhões de yuans, em comparação com uma projeção média de cerca de 70 bilhões de yuans.
Antes a maior marca de smartphones da China, a Xiaomi cedeu terreno para marcas rivais locais como Honor e Vivo, que conquistaram consumidores jovens e experientes em tecnologia com designs elegantes e marketing agressivo. Os esforços da companhia para se expandir para o segmento premium, onde os iPhones da Apple (AAPL) mantêm uma posição forte, também progrediram lentamente.
Inflação, temores de recessão e a guerra na Ucrânia apertaram o negócio de smartphones da Xiaomi. As remessas globais de dispositivos caíram mais de um quarto no segundo trimestre, o declínio mais pesado entre os cinco maiores fornecedores do mundo. Na China, os embarques de dispositivos Xiaomi caíram 22% no trimestre de junho, mais rápido do que o declínio médio do mercado de 14,7%, segundo a empresa de pesquisa IDC.
A Índia também está tentando impedir que fabricantes chineses de smartphones vendam aparelhos por menos de US$ 150, prejudicando marcas como a Xiaomi.
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