Bloomberg Línea — A vantagem do ex-presidente Lula (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) caiu de 18 para 15 pontos percentuais em um mês, mas situação atual ainda indica vitória ao petista no primeiro turno.
Segundo pesquisa do Datafolha divulgada nesta noite de quinta-feira (18), Lula tem 47% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro aparece com 32%. Em terceiro lugar vem Ciro Gomes (PDT), com 7%, seguido por Simone Tebet (MDB), com 2%.
Considerando a soma das intenções de votos de todos os candidatos, Lula bateria os concorrentes por 47% a 43%. Segundo o Datafolha, contando apenas os “votos válidos” (excluindo os que declararam que não vão votar e os que ainda não têm candidato), o ex-presidente ficou com 51% das intenções de voto.
A pesquisa foi feita entre terça-feira (16) e quarta (17). Já depois, portanto, do início oficial da campanha eleitoral e do início do pagamento do Auxílio Brasil, versão bolsonarista do Bolsa Família, de R$ 600.
Embora o resultado possa ser considerado positivo para Bolsonaro, está abaixo das expectativas dos estrategistas de sua campanha. Especialmente entre os mais pobres, público alvo do Auxílio Brasil: o presidente manteve os 23% das intenções de voto de quem ganha até dois salários mínimos. Já Lula subiu um ponto e ficou em 53% no segmento, que representa 51% dos entrevistados pelo Datafolha.
Na faixa que ganha de dois a cinco salários, no entanto, Bolsonaro subiu sete pontos e chegou a empate técnico com Lula: o placar ficou em 41% a 38% para o petista.
Bolsonaro também cresceu entre os evangélicos e chegou a 49% das intenções de voto no grupo, ante 43% da última pesquisa, divulgada há um mês. Lula ficou com 32% dos votos dos evangélicos.
Entre os que ganham mais de dez salários mínimos, quem cresceu foi Lula. O ex-presidente foi de 33% para 40%, empatando com Bolsonaro, que oscilou de 44% para 43%.
A pesquisa ouviu 5.744 eleitores em 281 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-09404/2022. A pesquisa foi financiada pelo jornal Folha de S.Paulo, do mesmo grupo econômico que o Datafolha, e a TV Globo.
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