São Paulo — A Itaúsa (ITS4), holding que controla o Itaú, vai pagar no próximo dia 30 juros sobre o capital próprio (JCP) no valor de R$ 0,12367 por ação. Em valor líquido, o provento soma R$ 0,1051195 por ação.
A decisão do conselho de administração foi divulgada em fato relevante na noite desta segunda-feira (15), ocasião em que uma das maiores holdings de participações do país divulgou o resultado do segundo trimestre. O grupo tem uma das maiores bases de investidores que são pessoa física da bolsa brasileira, com cerca de 915 mil acionistas nessa condição em junho.
A Itaúsa divulgou um lucro líquido recorrente de R$ 3 bilhões no segundo trimestre, alta de 5,5% em 12 meses.
“O cenário internacional tem gerado aumento de incertezas para o desempenho da economia global, com reflexos nos mercados emergentes, como o Brasil. Nesse sentido, o ambiente local deve se manter desafiador no curto prazo, o que exigirá resiliência e disciplina dos agentes na gestão dos negócios”, disse o presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal, em nota.
Com o pagamento anunciado, investidores que permaneceram na base nos 12 meses encerrados em 30 de junho terão direito ao recebimento do valor total bruto de R$ 4,6 bilhões, ou R$ 0,50974 bruto por ação, com Dividend Yield de 6,1%.
Do valor anunciado a ser pago, R$ 0,11337 (líquido de R$ 0,0963645 por ação) tem como data-base a posição acionária final do último dia 24 de março, enquanto a data-base para R$ 0,01030 (líquido de R$ 0,0087550 por ação) é o próximo dia 18 de agosto.
A companhia informou ainda que o conselho decidiu pagar, até o dia 29 de dezembro de 2023, juros sobre o capital próprio adicionais no valor de R$ 0,0494 por ação, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,04199 por ação. A data-base para o JCP adicional é a posição acionária final do próximo dia 18 de agosto.
A Itaúsa tem 37,24% do capital total do Itaú Unibanco (ITUB4), maior banco do país, além de participações relevantes na XP Inc. (XP), com 11,57% do capital, na Alpargatas (ALPA4), com 29,57%, na Dexco (DXCO3), com 37,86%, e na Aegea, com 12,88%, entre outros investimentos.
A companhia listou ainda destaques dos últimos meses, como a assinatura do contrato de aquisição de participação (10,33%) na CCR (CCRO3), alienação de parte das ações da XP e a aprovação da quinta emissão de debêntures para financiar a aquisição da CCR e reforçar o caixa.
Em julho, a Itaúsa vendeu 7 milhões de ações da XP pelo valor de aproximado de R$ 665 milhões. Com a transação, espera-se impacto positivo nos resultados do terceiro trimestre da Itaúsa de cerca de R$ 300 milhões, informou a holding em nota.
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