Combustível mais barato e outros 4 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais tópicos que vão marcar o sentimento dos mercados nesta sexta-feira (12)

Gasolina
12 de Agosto, 2022 | 09:27 AM

Bloomberg Línea — A semana termina com otimismo dominando os mercados - pelo menos por enquanto. A depender da sessão de hoje (12), serão quatro semanas seguidas de ganhos semanais das ações globais. Por aqui, começa a valer a redução do preço do diesel, depois do anúncio da Petrobras ontem (11) de uma redução de R$ 0,22 por litro.

Destaque também para a agenda de balanços local, e os números do Produto Interno Bruto do Reino Unido que foram divulgados mais cedo e encolheram no segundo semestre ano.

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Veja as outras notícias que devem impactar os mercados nesta sexta-feira (12):

1. Diesel mais barato

A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou ontem um novo reajuste nos preços do diesel apenas uma semana depois do último. A partir desta sexta-feira, o litro do diesel vendido nas refinarias cai de de R$ 5,41 para R$ 5,19. Desde o início deste mês, o preço do combustível já caiu 7,48%.

A queda reflete um novo patamar para os preços do petróleo, na casa de US$ 95 o barril do tipo Brent, e acontece a menos de dois meses do primeiro turno das eleições presidenciais. O reajuste pode representar um novo alívio para a inflação geral, que entrou em trajetória de queda em julho.

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2. Crise energética

A crise energética que tem atravessado a Europa pode piorar a apenas dois meses do início do inverno na região, que ainda depende muito do gás russo para sobreviver ao período mais frio. Qualquer interrupção adicional no fornecimento pode aumentar o risco de apagões e racionamento.

O Reno, o rio mais importante do noroeste da Europa para transporte de bens industriais, está praticamente intransitável devido à seca em meio a uma onda de calor escaldante. O impacto pode durar meses, aumentando potencialmente a demanda por gás como substituto do carvão, por exemplo, que é transportado pela rota.

3. Mercados

A sessão desta sexta-feira aponta para um maior otimismo, depois que os dados de inflação divulgados durante a semana trouxeram alívio aos investidores, aumentando as esperanças de que o pior já pode ter passado. Os futuros do Dow Jones subiam 0,33%, o S&P tinha alta de 0,37% e Nasdaq, de 0,41%. Por aqui, a dinâmica mais otimista também deve impactar o Ibovespa, depois da realização de lucros da quinta-feira.

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Na Europa, os mercados operavam com maior cautela, com os investidores digerindo importantes indicadores locais e analisando os possíveis rumos da política monetária. O FTSE de Londres subia 0,25%, enquanto o Stoxx600 registrava alta de 0,03%. Já o Dollar Index, que compara a moeda norte americana com uma cesta de outras moedas, subia 0,63%.

4. Manchetes do dia

  • Estadão: Por que corretoras e bancos brasileiros iniciaram uma ‘corrida’ para oferecer investimentos nos EUA
  • Folha de S. Paulo: Mendonça, do STF, suspende ‘pacote de julgamentos’ de Moraes que mira Bolsonaro
  • O Globo: Escândalo do Ceperj: governo do Rio coloca sob sigilo total ou parcial projetos investigados
  • Valor: São Paulo promete liberar créditos de ICMS sem fiscalização prévia

5. Agenda

A agenda de dados e indicadores para o dia está relativamente tranquila, com destaques para os números do Sentimento do Consumidor, da Universidade de Michigan dos EUA, e a Produção Industrial da Zona do Euro. No entanto, vem da Europa um importante indicador, a leitura preliminar do PIB do segundo trimestre do Reino Unido, que mostrou retração de 0,1% em relação ao trimestre anterior, abaixo da queda de 0,3% esperada pelos analistas.

Por aqui a temporada de balanços continua, com destaque para os resultados da Cemig (CMIG3), Cosan (CSAN3), Eletrobras (ELET3; ELET6), Lupatech (LUPA3), M Dias Branco (MDIA3), Mobly (MBLY3) e outras empresas após o fechamento do mercado.

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E também...

Os preços do petróleo caem nesta sexta-feira, seguindo as incertezas quanto à demanda. Ainda assim, os preços da commodity caminhavam para um ganho semanal de 5% para o WTI e mais de 4% para o Brent, à medida que os temores de recessão diminuem.

O contrato do WTI era negociado em queda de 1,62% às 8h30 no horário de Brasília, a US$ 92,78 o barril, e o Brent recuava 1,49%, a US$ 98,14.

--Com informações da Bloomberg News

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Melina Flynn

Melina Flynn é jornalista naturalizada brasileira, estudou Artes Cênicas e Comunicação Social, e passou por veículos como G1, RBS TV e TC, plataforma de inteligência de mercado, onde se especializou em política e economia, e hoje coordena a operação multimídia da Bloomberg Linea no Brasil.