Dólar sobe em dia de correção e Ibovespa avança com Vale e bancos

O câmbio devolvia parte das perdas dos últimos dias após as sinalizações do Banco Central sobre a trajetória da taxa básica de juros

Cripto
11 de Agosto, 2022 | 02:43 PM

Bloomberg Línea — O dólar avançava na tarde desta quinta (11), rondando os R$ 5,15, devolvendo parte das perdas das últimas sessões após as sinalizações do Banco Central sobre a trajetória da taxa básica de juros. O Ibovespa (IBOV) também mantinha trajetória de alta com o impulso de ações como Vale (VALE3) e Banco do Brasil (BBAS3), que subiam mais de 4%.

O mercado pesa a cena política e os riscos fiscais. Nesta quinta (11), um ato em defesa da democracia e do sistema eleitoral reuniu juristas, movimentos sociais e artistas no centro de São Paulo, enquanto outras manifestações na mesma linha ocorriam ao mesmo tempo em outras partes do país.

No início da tarde, a Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou mais uma redução nos preços do diesel, a segunda em duas semanas. As ações da petroleira estatal oscilavam entre perdas e ganhos fracos.

As divulgações de resultados também serão acompanhadas de perto, com mais de 50 empresas reportando números após o fechamento do mercado. Azul (AZUL4), Bradespar (BRAP4), Grupo GPS (GGPS3) e Vivara (VIVA3) foram algumas das que divulgaram antes da abertura.

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Confira o desempenho dos mercados nesta quinta-feira (11):

  • Por volta das 14h20 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,31%, aos 110.576 pontos;
  • O dólar à vista subia 1,07%, a R$ 5,15;
  • Nos EUA, o Dow Jones subia 0,61%, o S&P 500, 0,54% e o Nasdaq, 0,67%

Cena externa

Lá fora, as ações reduziram ganhos com a especulação de que o rali que se seguiu aos dados de inflação mais suaves do que o esperado foi longe demais, com o Federal Reserve ainda apontando para um aperto da política monetária.

As ações de tecnologia recuavam após a alta da véspera (10) que elevou o Nasdaq 100 mais de 20% acima das mínimas de junho. Grandes nomes como Tesla (TSLA) e Amazon (AMZN) caíam.

O índice de preços ao produtor dos Estados Unidos caiu inesperadamente em julho pela primeira vez em mais de dois anos, refletindo em grande parte uma queda nos custos de energia. Tanto os números gerais quanto os núcleos vieram mais suaves do que o previsto. Os dados de preços ao consumidor divulgados ontem (10) também mostraram uma moderação bem-vinda na inflação.

--Com informações da Bloomberg News

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Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.