São Paulo — Foco em estratégias de renda fixa, gestão de fortunas, crescimento de franquias de clientes, diversificação de portfólio de crédito e fortalecimento das áreas de investment bank e corporate contribuíram para um lucro recorde do BTG Pactual (BPAC11) no segundo trimestre e no primeiro semestre de 2022, segundo resultado divulgado ao mercado na manhã desta terça-feira (9).
O banco de investimentos divulgou ainda que captou R$ 70,8 bilhões em Net New Money (NNM), totalizando R$ 1,07 trilhão de recursos de clientes sob gestão e administração (AuC).
O retorno ajustado sobre o patrimônio (ROAE) foi 21,6%, o melhor resultado desde 2016, e o índice de Basileia fechou o trimestre em 15,2%, citou a instituição.
Foi um trimestre em que o mercado de capitais teve forte desaceleração de atividades em operações como ofertas de ações na comparação com o mesmo período do ano anterior em razão do forte aumento das taxas de juros.
Abaixo 5 destaques do resultado:
- Lucro líquido ajustado recorde de R$ 2,17 bilhões no 2º trimestre (+26,6% na base anual)
- Aumento de 19,7% nas receitas totais com melhor volume da história (R$ 4,51 bilhões)
- Ativos sob gestão (WuM) cresceram 22,1% para R$ 462,5 bilhões no 2º trimestre
- Recursos de clientes sob gestão e administração (AuC) de R$ 1,07 trilhão (+21,3%) no semestre
- Receita total de R$ 8,86 bilhões (+35%) e lucro líquídode R$ 4,24 bi (+45,3%) no semestre
“Pelo segundo trimestre consecutivo entregamos o melhor resultado da nossa história, com recordes de receita e lucro líquido aliado a um balanço robusto e bem capitalizado. Adicionalmente, nosso estoque de ativos sob gestão cresce a cada trimestre”, cita o CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti, em comunicado.
A área de Wealth Management & Consumer Banking teve um recorde de receitas pelo 14º trimestre consecutivo, para R$ 621,5 milhões. Foi uma alta de 65,8% em 12 meses, segundo o BTG.
Por sua vez, a área de Investment Banking atingiu receita total de R$ 485,3 milhões no segundo trimestre, crescimento de 38,3% em três meses.
Já a área de Corporate & SME Lending registrou recorde de receita pelo terceiro trimestre consecutivo, de R$ 877,5 milhões, aumento de 34% na base trimestral.
O BTG destacou que a captação líquida (NNM) somou R$ 41,3 bilhões no trimestre e justificou o desempenho citando “fortes contribuições das estratégias de renda fixa e investimentos alternativos”. O portfólio de crédito totalizou R$ 117,7 bilhões no segundo trimestre, crescimento anual de 36,2%.
Asset
O BTG mencionou que, mesmo diante de um “ambiente de maior volatilidade de mercado” no período, manteve uma alocação de risco eficiente, com VaR (Value at Risk, indicador de risco) de 0,34%.
O primeiro semestre foi marcado por preocupações dos analistas com os impactos dos patamares mais elevados de juros e inflação no ritmo de crescimento econômico do Brasil e do mundo, em meio aos combustíveis mais caros com a Guerra na Ucrânia e reavaliação de riscos no cenário geopolítico, que levou o barril do petróleo a superar a marca psicológica de US$ 100.
A Asset Management do BTG registrou seu melhor desempenho dos últimos sete anos, com uma receita de R$ 404,4 milhões no segundo trimestre, aumento de quase 49,8% em 12 meses, destacou a instituição. Por sua vez, a área de Sales & Trading do BTG teve uma receita de R$ 1,31 bilhão no segundo trimestre, em linha com o desempenho do mesmo período de 2021, apontou o comunicado.
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