Bloomberg — Os preços do petróleo mantinham a queda da véspera nesta terça-feira (1), após fecharem no nível mais baixo em mais de cinco meses, com traders em contagem regressiva para uma reunião da Opep+ em meio a sinais de que os mercados físicos tiveram um aumento de oferta nas últimas semanas.
O West Texas Intermediate (WTI) caía 0,2%, após perder mais de 5% nesta segunda devido à preocupação de que uma desaceleração econômica global corroeria a demanda de energia. Os mercados de ações e várias outras commodities recuavam hoje, com as preocupações sobre uma possível recessão, além do aumento da tensão entre EUA e China, levando os investidores a ativos considerados como refúgios.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados devem se reunir virtualmente na quarta para decidir sobre a política de produção para setembro. Enquanto isso, o mercado da África Ocidental mostra fraqueza, com o petróleo Dalia sendo ofertado com desconto em relação ao seu benchmark na segunda-feira.
O petróleo abriu agosto com uma base fraca depois de cair nos dois meses anteriores devido a preocupações com a demanda. A queda anulou quase todos os ganhos vistos desde a invasão da Ucrânia por Moscou no final de fevereiro, mesmo depois que Washington e a União Europeia impuseram uma série de sanções às exportações russas de energia.
“A perspectiva de preços está começando a parecer um pouco mais instável do que no início do ano”, disse Emma Richards, analista sênior da Fitch Solutions, em entrevista à Bloomberg TV. “As preocupações do lado da demanda estão cada vez mais presentes” e “provavelmente veremos mais disso no final do ano”.
Preços do petróleo
- O WTI para setembro caía 0,2%, sendo negociado a US$ 93,75 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York perto das 8h (horário de Brasília)
- O Brent para liquidação de outubro recuava 0,4%, para US$ 99,64 o barril na bolsa ICE Futures Europe
--Com a colaboração de Francine Lacqua
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