Bloomberg — A China proibiu embarques de mais de 100 exportadores de alimentos taiwaneses em um aparente esforço para impor pressão econômica a um setor importante antes da esperada visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.
A Administração Geral de Alfândegas da China impôs a proibição na segunda-feira (1), segundo o jornal local United Daily News, que disse que os produtos afetados incluem frutos do mar, chá e mel. O problema eram informações desatualizadas nas documentações de importação, informou o Apple Daily, com sede em Taipei, acrescentando que a Administração de Alimentos e Medicamentos de Taiwan estava tentando entender mais sobre o problema.
A proibição chinesa é a mais recente de uma série de medidas tomadas por Pequim que visam a indústria agrícola de Taiwan. Muitas das regiões produtoras de frutas do sul de Taiwan são tipicamente bastiões de apoio político ao Partido Democrático Progressista do presidente Tsai Ing-wen, que defende a independência formal de Taiwan.
O Partido Comunista da China reivindica Taiwan como parte de seu território, apesar de nunca ter controlado a ilha.
A China pegou Taiwan desprevenida quando lançou uma proibição repentina das importações de abacaxi da ilha no ano passado. Pequim seguiu proibindo as importações de maçãs em setembro.
A proibição desta segunda acontece em meio à visita da presidente da Câmara dos EUA, que deve desembarcar em Taiwan na noite de terça-feira, de acordo com pessoas familiarizadas com seus planos. A visita suscitou duras advertências de autoridades chinesas que prometeram “graves consequências” caso Pelosi chegue a Taipei.
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