Bloomberg — O HSBC (HSBC) apresentou lucros acima do estimado, prometendo restabelecer o pagamento de dividendos trimestrais no ano que vem, enquanto tenta evitar um pedido de saída de seu maior acionista.
Os lucro ajustado antes dos impostos subiu 13%, para US$ 5,97 bilhões no segundo trimestre, impulsionados por aumentos em bancos comerciais e mercados, de acordo com um comunicado do banco com sede em Londres. O banco registrou um lucro de US$ 4,96 bilhões em uma pesquisa com analistas da Bloomberg.
“O progresso que fizemos ao crescer e transformar o HSBC significa que estamos em uma posição forte ao entrar no atual ciclo de taxas”, disse o CEO Noel Quinn em comunicado. “Estamos confiantes em alcançar um retorno sobre o patrimônio tangível de pelo menos 12% a partir de 2023, o que representaria nossos melhores retornos em uma década.”
O HSBC disse que buscará restaurar seu dividendo trimestral até o próximo ano, uma medida fundamental para atender às demandas de sua base de varejo de investidores de Hong Kong. Em abril, foi relatado que o maior acionista individual do HSBC, o Ping Insurance, da China, estava pressionando o banco para criar sua unidade asiática como um negócio autônomo, o que proporcionaria aos investidores um investimento mais puro no crescimento da região.
A Ping An ainda não fez nenhum comentário público e preferiu operar uma campanha nos bastidores destinada a aumentar a pressão sobre o HSBC para revisar sua estratégia. O HSBC contratou consultores do Goldman Sachs (GS) e Robey Warshaw para fazer uma revisão de seus negócios para refutar a ligação de Ping An.
O banco pretende voltar a pagar dividendos trimestrais em 2023, embora tenha dito que deve ser restabelecido inicialmente em um nível inferior ao dividendo trimestral histórico de US$ 0,10 por ação pago até o final de 2019.
Os resultados vêm meses depois que o HSBC divulgou os resultados do primeiro trimestre que o levaram a dizer que novas recompras de ações eram improváveis este ano, pois alertou para uma queda em seu índice de capital principal devido a mudanças regulatórias e um impacto em seu hedge de taxa de juros.
O HSBC está no meio de sua própria reviravolta, focado em construir sua posição na Ásia, particularmente em gestão de patrimônio, enquanto elimina operações que não são mais consideradas relevantes. O banco já vendeu unidades nos EUA, França e Grécia, e recentemente disse que venderia suas operações restantes na Rússia.
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