Bloomberg Línea — O Federal Reserve, o banco central americano, anunciou nesta tarde de quarta-feira (27) um aumento de 0,75 ponto percentual na taxa de juros do país, para o intervalo de 2,25% a 2,5%, em linha com o consenso das expectativas de mercado. Isso significa que a taxa subiu 150 pontos-base em apenas duas reuniões, o maior aumento desde a era Paul Volcker, no início dos anos 1980.
O presidente do banco central, Jerome Powell está tentando conter a inflação mais alta em 40 anos em meio a críticas de que ele demorou a responder ao aumento dos preços no ano passado, agitando os mercados financeiros com a preocupação dos investidores de que o Fed possa desencadear uma recessão.
Em discurso após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse não descartar outro aumento – de igual magnitude – na próxima reunião, em setembro. “Decidimos que a melhor opção agora é decidir a cada reunião, em vez de dar previsões mais claras como fazíamos antes”, disse. Para ele, a economia americana não está em recessão.
Confira abaixo os principais destaques da fala de Powell em entrevista coletiva:
- Outro aumento maior que o esperado nos juros pode ser apropriado, a depender dos dados
- Decidimos que a melhor opção agora é decidir a cada reunião, em vez de dar previsões mais claras como fazíamos antes
- Divulgações de inflação tem sido decepcionantes
- Embora os preços de commodities tenham caído, as altas anteriores elevaram a pressão da inflação
- Dados do mercado de trabalho dão conta de que a demanda agregada se mantém sólida
- É esperado que juros subam mais em 2023, mas será necessário atualizar essa estimativa em setembro, com novos dados de inflação e emprego
- Há espaço para trazermos a inflação para baixo mantendo o crescimento e o mercado de trabalho forte
- Não acredito que os EUA estejam em recessão
- Ainda não há uma decisão sobre quando começar a reduzir juros
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