Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
Um milhão de clientes cripto em menos um mês. Essa é a marca que o Nubank, a maior fintech da América Latina, diz ter alcançado desde que seu serviço de compra e venda dessa categoria de ativos foi estendida a todos os clientes, no fim de junho.
A empresa passou a oferecer a seus mais de 53 milhões as criptomoedas Bitcoin e Ethereum, em parceria com a rede de blockchain Paxos Trust, que também trabalha com gigantes do setor financeiro como PayPal e Mastercard.
Outro cliente da Paxos é o Mercado Pago, a fintech do Mercado Livre, que também afirma ter conquistado a marca de 1 milhão de usuários de criptoativos em fevereiro deste ano.
Cripto na América Latina: na contramão global
Apesar da recente liquidação de US$ 2 trilhões dos ativos digitais em âmbito global, que eliminou alguns dos maiores nomes do setor e expôs centenas de milhares de investidores individuais a grandes perdas, as criptomoedas continuam populares nas economias instáveis da América Latina, como Brasil, Argentina e Venezuela.
É que muitos trabalhadores remotos na região querem ser pagos em ativos digitais. Cerca de 5% de todos os pagamentos aceitos por trabalhadores remotos foram feitos em criptomoedas nos primeiros seis meses do ano, acima dos 2% nos últimos seis meses de 2021, de acordo com mais de 100.000 contratos analisados pela Deel, que ajuda empresas a contratar e pagar pessoas em mais de 150 países. Mais de dois terços dos pagamentos em criptomoedas ocorreram na América Latina.
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Na trilha dos Mercados
A semana está movimentada, com indicadores macroeconômicos e balanços chacoalhando o mercado financeiro, mas o encontro mais esperado acontece hoje: chegou o dia de o Federal Reserve (Fed) dar seu veredito sobre o custo do dinheiro da maior economia do mundo. O banco central norte-americano deve optar por outro aumento de 0,75 ponto percentual, elevando os juros para a faixa de 2,25% a 2,5%, conforme a opinião preponderante no mercado.
👀 Ação presente, olhos no futuro. Talvez a maior surpresa que o Federal Reserve possa oferecer ao mercado de juros nos Estados Unidos hoje seja uma indicação de quanto mais a taxa básica precisará subir para restaurar a estabilidade de preços. Por ora, os contratos de swap que fazem referência às datas de reuniões do Fed precificam um aumento de meio ponto em setembro e um pico em torno de 3,4% em dezembro, seguido por cortes em 2023.
🤔 Má notícia que neutraliza outra pior. Nas últimas semanas, diante da divulgação de dados macroeconômicos que acenam para uma recessão, uma ala do mercado começou a apostar que o Fed poderia diminuir a dose de aperto monetário - segundo esta teoria, a probabilidade de uma desaceleração econômica se encarregaria de esfriar a persistente e duradoura inflação.
⏰ Ainda é cedo. Mas estrategistas como os do Goldman Sachs e do Morgan Stanley defendem outra lógica. Para eles, é provável que o Fed mantenha durante mais tempo sua atitude “hawkish”, mais enérgica quando o tema é subir juros, dada a persistente inflação nos EUA. Para eles, os mercados podem estar subestimando o risco das contínuas pressões inflacionárias.
🌊 O dia será agitado. Como se não bastasse a tão esperada decisão do Fed, hoje o dia está cheio de indicadores que medem o pulso da economia real e o ânimo dos investidores tanto nos EUA como na Europa. E a agenda de balanços está transbordando, com gigantes como Meta, Qualcomm, Boeing, Airbus, Rio Tinto, Ford, Spotify, Credit Suisse, para citar alguns poucos nomes.
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🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (-0,71%), S&P 500 (-1,15%), Nasdaq Composite (-1,87%), Stoxx 600 (-0,03%), Ibovespa ( -0,50%)
Os mercados acionários caíram depois que o FMI pintou um quadro sombrio para a economia global e com os resultados decepcionantes do Walmart. O Fundo Monetário espera que o PIB mundial se desacelere para 3,2% em 2022, um impacto significativo considerando o crescimento de 6,1% do ano passado. Em abril, a projeção para o ano fechado era de 3,6%. Além disso, a confiança dos consumidores norte-americanos caiu para seu pior nível desde fevereiro de 2021. O Walmart, maior varejista do mundo, projetou que seu lucro ajustado cairá 13% no ano fiscal atual, reflexo do golpe da inflação no bolso dos consumidores.
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No radar
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Reunião do Fed. Índice de Compras MBA, Pedidos de Hipotecas MBA; Pedidos de Bens Duráveis/Jun, Balança Comercial de Bens/Jun; Estoques no Atacado e no Varejo; Vendas Pendentes de Moradias/Jun; Atividade das refinarias de Petróleo pela EIA
• Europa: Zona do Euro (Empréstimos ao Setor Privado/Jun); Alemanha (Clima do Consumidor GfK/Ago); França (Confiança do Consumidor/Jul); Itália (Confiança Empresarial e do Consumidor/Jul)
• Ásia: Japão (Índice de Indicadores Antecedentes)
• América Latina: Brasil (Empréstimos Bancários/Abr); México (Balança Comercial/Jun)
• Bancos centrais: Decisão do Fed sobre os juros dos EUA (às 15h de Brasília)
• Balanços do dia: Meta, T-Mobile, Qualcomm, Bristol-Myers Squibb, Boeing, Airbus, Rio Tinto, Kering, Iberdrola, Lam Research, Mercedes-Benz, Boston Scientific, Shopify, Ford, Kraft Heinz, BASF, Universal Music Group, Danone, Hilton, Vici, Spotify, Credit Suisse
📌 Para a semana:
• Balanços: Apple, Amazon, Petrobras, Nestlé, Vale, Mastercard, Pfizer entre outros
• Quinta: PIB dos EUA
• Sexta: CPI da Zona do Euro. EUA: Renda do Consumidor, indicador de sentimento de consumo da Universidade de Michigan
Destaques da Bloomberg Línea
• Família mais rica do mundo perde US$ 11,4 bilhões
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