Bloomberg Línea — Quantas portas um passaporte pode abrir? Essa é a principal unidade de medida quando se trata de determinar seu poder em nível global. Há 17 anos, a consultoria de imigração Henley & Partners faz um ranking para determinar esse índice, fazendo uma lista daqueles que oferecem maior liberdade a seus portadores, com permissão para viajar sem a necessidade de um visto.
A empresa revelou o índice para o terceiro trimestre. Para isso, avaliou 199 passaportes e 227 destinos. O ranking final tem 112 posições, embora não exista uma posição individual para cada país, já que vários compartilham a mesma posição por permitirem que seus passaportes entrem no mesmo número de nações. Confira como ficou a lista da América Latina e do mundo:
Ranking de passaportes da América Latina
De acordo com o índice, para este terceiro trimestre o país com o melhor passaporte da região é o Chile, que ocupa a 16ª posição no ranking mundial e abre as portas para um total de 174 países sem a necessidade de visto. O passaporte chileno divide a mesma posição os de Mônaco e Romênia, ambos na Europa.
Em seguida, figuram Argentina e Brasil, que dividem o 19º lugar e permitem viagens diretas a 170 países.
Em contraste, os três países com os passaportes menos poderosos na região são Cuba, em 82º lugar, que permite o acesso direto a apenas 65 países; a República Dominicana, em 78º lugar, cujo passaporte garante a entrada sem visto a 70 países; e a Bolívia, em 69º lugar, cujos cidadãos podem entrar em 80 países com seu passaporte.
Por sua vez, o México está em 24º lugar juntamente com Israel, e o Peru está em 38º lugar, compartilhando-o com a Sérvia.
Confira o ranking completo dos passaportes da América Latina:
Ranking a nível mundial
Japão, Singapura e Coreia do Sul têm os passaportes mais poderosos à medida que o mundo continua se recuperando da covid-19, revertendo os rankings pré-pandemia, outrora dominados por nações europeias.
Um passaporte japonês oferece entrada sem problemas em 193 países, um a mais do que os de Singapura e Coreia do Sul, de acordo com o índice.
Os documentos de viagem russos estão em 50º lugar, dando fácil acesso a 119 nações. A China ficou em 69º lugar, com acesso a 80 países, enquanto o da Índia ficou em 87º. O passaporte do Afeganistão é o menos acessível, com apenas 27 países abertos.
“A recuperação de nossas liberdades de viagem e nosso instinto inato de se mudar e migrar levará tempo”, disse o presidente da Henley & Partners, Christian Kaelin, em comunicado.
Em 2017, os países asiáticos mal figuravam entre os 10 passaportes mais aceitos do mundo, de acordo com o índice. A dominação da Europa diminuiu gradualmente e a Alemanha agora está atrás da Coreia do Sul. O Reino Unido é o sexto, com acesso a 187 países, enquanto os EUA são o sétimo, com uma pontuação de 186, segundo o último ranking.
Com as viagens globais ainda em ritmo de recuperação das restrições da covid, o índice oferece apenas uma pequena noção dos melhores documentos a serem mantidos à medida que o mundo emerge da pandemia.
-- Com informações de Bloomberg News
Leia também
Entenda por que a Amazon vai pagar US$ 3,9 bi por uma empresa de saúde
Por que esta cirurgia plástica brasileira se tornou uma das mais arriscadas