Apple pode chegar a US$ 3 trilhões com maior foco em serviços, diz Morgan Stanley

Novo modelo de negócios pressupõe que detentores de produtos da empresa gastem US$ 2 por dia em serviços da marca, dizem analistas

“O modelo de negócios da Apple está mudando de um que maximiza o crescimento da venda de hardware para um que maximiza a monetização da base instalada”, escreveram analistas liderados por Erik Woodring
Por Subrat Patnaik
21 de Julho, 2022 | 09:03 AM

Bloomberg — O teste da Apple (AAPL) de um modelo de assinatura cria um caminho claro para uma capitalização de mercado de mais de US$ 3 trilhões, segundo o Morgan Stanley.

Embora o mercado ainda tenda a valorizar a fabricante do iPhone como uma empresa de hardware, a mudança para uma abordagem baseada no “valor vitalício” – que leva em conta as receitas recorrentes de serviços – sugere um aumento de longo prazo de mais de US$ 200 por ação, ou mais de US$ 3 trilhões em valor de mercado, escreveram analistas do Morgan Stanley em nota. As ações da Apple fecharam em US$ 153 na quarta-feira (20).

PUBLICIDADE

“O modelo de negócios da Apple está mudando de um que maximiza o crescimento da venda de hardware para um que maximiza a monetização da base instalada”, escreveram analistas liderados por Erik Woodring. As crescentes divulgações da gigante de tecnologia sobre a receita de serviços e a base de usuários instalada, e seu afastamento das unidades do iPhone, são evidências da mudança, acrescentaram.

Woodring, que classifica as ações da Apple com recomendação equivalente a Compra, disse que seu modelo de valor vitalício pressupõe que os usuários gastarão US$ 2 por dia em produtos ou serviços da empresa, um número já alcançado pelos proprietários de iPhones nos EUA. O preço atual das ações implica um desconto significativo na avaliação de outras plataformas de tecnologia e negócios de software como serviço, disse ele.

A Apple atingiu brevemente US$ 3 trilhões em capitalização de mercado em 3 de janeiro. As ações caíram 16% desde então seguindo o cenário para os papéis de tecnologia, com uma combinação de taxas de juros mais altas e medo de uma possível recessão global assustando os investidores.

PUBLICIDADE

--Com a colaboração de James Cone

Leia também

Tesla vende a maior parte da reserva de Bitcoin para reforçar liquidez