Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
O bilionário norte-americano Sam Bankman-Fried, fundador e CEO da exchange de criptomoedas FTX, está interessado em abrir mercados na América Latina, embora não mencione um plano em concreto, e defende mais regulamentação para os criptoativos. Segundo ele, isso poderia oferecer “mais confiança institucional ao setor”, que atravessa uma fase de queda de preços.
“Acredito que, definitivamente, precisamos de mais regulamentação para as moedas criptográficas globalmente e, principalmente, nos Estados Unidos. Eu realmente apoio as iniciativas da Securities and Exchange Commission, a SEC, e da Commodity Futures Trading Commission, a CFCT, nesse sentido”, disse Bankman-Fried em uma entrevista à Bloomberg Línea.
Além disso, a plataforma de criptomoedas FTX, cofundada pelo bilionário californiano, está em negociações para arrecadar mais fundos, depois de sair às compras durante a recente liquidação de ativos digitais.
Eles têm como meta uma rodada de captação de recursos que preserva o mesmo valor (valuation) calculado em um levantamento de recursos feito em janeiro, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Em janeiro, a FTX anunciou que arrecadou US$ 400 milhões com uma avaliação de US$ 32 bilhões, enquanto sua unidade FTX US levantou outros US$ 400 milhões e foi avaliada em US$ 8 bilhões.
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Na trilha dos Mercados
Depois de meses de resistência, hoje o Banco Central Europeu (BCE) finalmente entrará para o clube mundial de alta dos juros, que já conta com mais de 80 bancos centrais. A presidente da instituição, Christine Lagarde, reiterou em mais de uma ocasião que o custo do dinheiro subiria 0,25 ponto percentual. Mas as condições no continente mudaram - para pior - e cada vez mais aumentam as apostas de um ajuste mais significativo, de 0,50 ponto.
📈 Nova era para o BCE. Seja qual for a magnitude de alta das taxas, o evento marcará o fim de uma era, já que representará o primeiro aumento de juros em 11 anos.
⚔️ Entre a cruz e a espada. A situação não está fácil para o BCE. De um lado, encarecer o custo do endividamento pode causar problemas no mercado de dívida europeu, sobretudo aos países periféricos, mais vulneráveis, como Grécia, Portugal e Espanha. De outro, a inflação nas 19 nações da Zona do Euro está queimando: somou 8,6% em junho, mais de quatro vezes acima da meta de 2% e maior que os 8,1% de maio. Em toda a União Europeia, os preços ao consumidor saltaram 9,6%. A debilidade do euro frente ao dólar e o fato de que todos os pares do BCE estão subindo os juros de forma mais contundente também forçam o BCE a uma ação.
🛟 Salvaguardas. O mercado está igualmente ansioso pelo anúncio de uma ferramenta que evite a fragmentação do mercado de dívida europeu. O BCE precisa desenhar um mecanismo que impeça uma diferença brutal dos prêmios de risco entre os países mais desenvolvidos do bloco, como é o caso da Alemanha, e os países periféricos. Espera-se que hoje a autoridade monetária explique como será o desenho desta ferramenta: requisitos, duração e como serão equilibradas as medidas de retirada de liquidez, de modo que consiga controlar a inflação sem provocar um choque de dívida.
🔛 Nord Stream. O maior gasoduto da Rússia para o continente retoma suas operações depois de dez dias fechado para manutenção. As ordens de embarque de gás agora indicam que os fluxos retornarão a 40% da capacidade. A retomada dos fluxos proporciona algum alívio para a Europa, que corre para armazenar o combustível antes do inverno. A União Europeia tem se preparado para o pior com um plano para conter o consumo de gás em 15%.
🚂 A todo vapor. A safra de balanços hoje incorpora mais de 30 empresas do S&P 500 e cerca de 35 companhias integrantes do índice europeu Stoxx 600.
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🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (+0,15%), S&P 500 (+0,59%), Nasdaq Composite (+1,58%), Stoxx 50 (-0,21%)
As ações dos EUA fecharam em território positivo pelo terceiro dia consecutivo em uma sessão de muita volatilidade. Os investidores pesaram os relatórios corporativos trimestrais, os riscos geopolíticos e de energia na Europa e se os mercados atingiram o fundo do poço. As ações de tecnologia diminuíram brevemente os ganhos após a notícia de que o Google da Alphabet Inc. fará uma pausa de duas semanas nas contratações. No entanto, o balanço melhor do que o esperado da gigante do streaming Netflix Inc. apoiou o rali de pares do setor e ajudou a reforçar a confiança na resiliência do consumidor.
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No radar
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego, Índice de Atividade Industrial e Índice de Condições Empresariais - Fed Filadélfia/Jul, Índice de Indicadores Antecedentes dos EUA/Jun, Estoque de Gás Natural
• Europa: Gasoduto Nord Stream 1 previsto para reabrir após manutenção. Reino Unido (Dívida Líquida do Setor Público/Jun), França (Pesquisa em Empresas/Jul)
• Ásia: Japão (Relatório de Projeções do BoJ, IPC/Jun, PMIs Industrial e de Serviços/Jul); Hong Kong (IPC/Jun)
• América Latina: Brasil (Receita Tributária Federal); México (Vendas no Varejo/Mai)
• Bancos centrais: Decisões sobre taxas de juros do Banco do Japão e do Banco Central Europeu (BCE). Pronunciamentos de Christine Lagarde (presidente do BCE), Huw Pill (BoE)
• Balanços do dia: Roche, Danaher, AT&T, SAP, Nokia, American Airlines, Philip Morris International, Union Pacific, Blackstone.
📌 Para amanhã:
• Balanços: Verizon, Twitter, American Express, entre outros
• Indicadores PMIs/Jul: Japão, França, Alemanha, Reino Unido e Zona Euro; Reino Unido (Índice GfK de Confiança do Consumidor); Japão (IPC/Jun); Levantamento do BCE com previsões econômicas
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