Vale sofre revés em plano para destravar valor em unidade de US$ 40 bilhões

Recuperação da unidade de cobre e níquel está demorando mais que o esperado e deve atrasar possível venda ou cisão

Mineradora ainda não decidiu se vai desmembrar a divisão responsável pelos ativos de cobre e níquel
Por Vinícius Andrade e Mariana Durao
20 de Julho, 2022 | 07:45 PM

Bloomberg — O plano da Vale (VALE3) de recuperação de sua unidade de mineração de cobre e níquel está demorando mais do que o esperado e arrisca atrasar uma possível venda ou cisão de um negócio que a mineradora diz que pode valer US$ 40 bilhões.

A segunda maior produtora de minério de ferro do mundo reduziu sua meta anual de produção de cobre em 19%, enquanto enfrenta manutenção prolongada e paradas adicionais em algumas usinas. Nos primeiros seis meses do ano, a produção de níquel e cobre da Vale caiu 10% e 25%, respectivamente.

A Vale tem buscado alternativas para extrair valor de sua unidade de metais básicos, que respondeu por quase 15% da receita da empresa em 2021. A mineradora ainda não decidiu se vai desmembrar a divisão responsável pelos ativos de cobre e níquel, ou possivelmente fundir esse negócio com ativos de outra empresa.

Depois de enfrentar vários contratempos operacionais em 2021 – incluindo um incêndio na mina de cobre de Salobo no Brasil e trabalhadores presos em uma mina canadense – a empresa sinalizou que precisaria de mais um ano para melhorar o desempenho antes de decidir o que fazer com a divisão.

PUBLICIDADE

O processo de estabilização das operações de metais básicos da Vale “continua conturbado”, disse Thiago Lofiego, analista do Bradesco BBI. “Observamos que a estimativa de produção implica uma recuperação relevante na produção” no segundo semestre do ano, disse ele. Analistas do BTG Pactual disseram que os investidores podem ficar menos confiantes na execução da empresa.

Veja mais em bloomberg.com

Leia também

Por que o Itaú decidiu investir em startups neste país da América do Sul