2x0 para a Boeing: fabricante fecha negócio de US$ 35 bilhões com a VietJet

Negócio é o segundo obtido pela fabricante americana de jatos, que compete com a Airbus na disputa por companhias aéreas

que foi paralisado em todo o mundo após dois acidentes mortais
Por Anurag Kotoky
20 de Julho, 2022 | 08:24 AM

Bloomberg — A VietJet Aviation confirmou um acordo para 200 jatos Boeing 737 Max, dando à fabricante de aviões norte-americana mais um impulso em um dos maiores eventos do setor.

As primeiras 50 aeronaves serão entregues à Thai VietJet, afiliada da companhia aérea vietnamita na Tailândia, disse a empresa em um comunicado divulgado desta terça-feira (20) durante o Farnborough International Airshow, um dos maiores eventos de aviação do mundo, que acontece esta semana no Reino Unido.

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“O acordo de hoje é um movimento estratégico para a VietJet e para a Boeing”, disse o diretor administrativo da VietJet, Dinh Viet Phuong, no comunicado. O pacto confirma o “compromisso de cada parte em acompanhar o plano de expansão da rede de voos internacionais da Vietjet com maior capacidade”.

A fabricante de jatos disse em um comunicado separado que o pedido vale cerca de US$ 35 bilhões, incluindo serviços associados de engenharia de motores, e traria cerca de 200 mil empregos para os EUA. Os preços para jatos geralmente são significativamente reduzidos em grandes negócios.

“O pedido também deve atrair investimentos para a indústria de aviação do Vietnã, criando centenas de milhares de empregos para a indústria de aviação do país, incluindo aeroportos, controle de tráfego aéreo, serviços técnicos, centros de treinamento, transferência de tecnologia, pesquisa e fabricação de componentes”, disse VietJet.

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A compra é a segunda que a fabricante americana leva durante o evento após a negociação de 100 de seus jatos 737 Max 10 com a Delta Air Lines (DAL), vencendo a disputa conta a rival francesa Airbus.

A VietJet, conhecida por seus comissários de bordo que usam biquíni, concordou em 2018 em dobrar seu pedido de jatos Max para 200 depois de assinar um acordo inicial em 2016 durante uma visita ao Vietnã do então presidente dos EUA, Barack Obama. O anúncio da operadora reafirma esse acordo.

O acordo também ajudará a Boeing a diminuir o nervosismo com o 737 Max, que foi paralisado em todo o mundo após dois acidentes mortais. A fabricante de aviões fez extensas correções no modelo após os acidentes, e a maioria dos reguladores em todo o mundo já aprovou o avião para voar novamente.

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--Com a ajuda de Ryan Beene

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