Bloomberg — -- Atualiza com cotação da Vale (11h31)
O forte declínio do minério de ferro de quase 15% na semana passada foi interrompido, com relatos de que o governo chinês interveio para resolver a crise de inadimplência dos compradores de imóveis.
O material siderúrgico subiu até 5,4% na segunda-feira, para US$ 101,70 a tonelada, com notícias de que as autoridades chinesas orientaram os bancos a facilitar os fluxos de crédito para incorporadoras imobiliárias. O rali ocorre depois que a inadimplência de mutuários atingiu as perspectivas de demanda por aço na semana passada, trazendo os preços do minério de ferro abaixo de US$ 100 pela primeira vez em sete meses.
As ações da Vale (VALE3), que acumularam uma queda de 9% na última semana em meio aos temores de que o mercado imobiliário chinês, subiam 2,24% no final desta manhã, seguindo o otimismo global com as commodities.
Pelo menos três projetos de construção na China foram reiniciados ou retomarão as atividades de construção, de acordo com um relato da mídia local, com as autoridades intervindo junto às incorporadoras para facilitar os fluxos de financiamento. Além disso, 10 bancos confirmaram que as prestações atrasadas representavam apenas uma pequena parcela das carteiras de financiamento imobiliário.
As ações dos setores bancário e imobiliário da China também subiram depois que ficou claro que as incorporadoras não serão deixadas de lado, com os reguladores agora pedindo por empréstimos para ajudar na construção de projetos habitacionais inacabados para neutralizar os boicotes de mutuários.
Enquanto isso, obras urbanas estão sendo concluídos, de acordo com a Mysteel, sugerindo que as perspectivas de demanda por minério de ferro permanecem firmes. As siderúrgicas chinesas devem recuperar o ritmo de produção no segundo semestre à medida que o mercado imobiliário recebe um impulso, disse a S&P.
Mas, por hora, a taxa de operação dos altos-fornos em Tangshan, o principal polo siderúrgico do país, atingiu uma mínima de quatro meses depois de cair por cinco semanas consecutivas. Algumas usinas avisaram que a demanda estava em declínio e as margens estavam apertadas, e que precisariam cortar produção.
Os investidores examinarão de perto os dados de produção de aço de junho, para avaliar a demanda por minério de ferro. A produção industrial aumentou 14%, o que dá esperança de que o pior da desaceleração já passou.
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