Por que os bancos de Wall Street estão contratando mesmo com recessão iminente

O Goldman Sachs foi o que mais contratou, aumentando sua equipe em 15% em um ano

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Bloomberg — Mesmo em meio ao mercado de trabalho mais apertado em meio século e temores de uma recessão no horizonte, os grandes bancos americanos ainda aumentam suas equipes.

Goldman Sachs (GS), Morgan Stanley (MS), JPMorgan (JPM) e Citigroup (C) divulgaram uma força de trabalho significativamente maior no segundo trimestre em comparação com o ano anterior. O Goldman, com sede em Nova York, foi o que mais contratou, aumentando sua equipe em 15%. Nos seis maiores bancos americanos, o ganho médio no número de funcionários foi de 5,5% em comparação com meados de 2021.

A recente volatilidade do mercado se mostrou vantajosa para os bancos de Wall Street com grandes mesas de operação, como Goldman e Morgan Stanley, já que mais profissionais são necessários para ganhar com grandes oscilações. Mas a pressão por uma força de trabalho maior não é uniforme entre os grandes bancos americanos. As altas taxas de juros levaram os credores que se concentram no varejo a reduzir o número de funcionários à medida que a demanda diminui por alguns produtos de empréstimo, principalmente financiamento imobiliário.

Embora a probabilidade de uma recessão esteja aumentando, o CEO do Morgan Stanley James Gorman garantiu aos investidores durante uma teleconferência de resultados na semana passada que o banco ainda não mudou de direção. Mas a companhia tem uma grande ferramenta para lidar com qualquer desaceleração: controlar a remuneração para evitar que as despesas aumentem.

“Temos um controle muito claro sobre o crescimento do número de funcionários”, disse Gorman. “Se as coisas realmente piorassem, principalmente nos EUA, tomaríamos uma posição muito mais agressiva. E obviamente temos a arma definitiva, que é a remuneração.”

O CFO do Goldman, Denis Coleman, também sugeriu que a empresa estava se preparando para qualquer desaceleração econômica na teleconferência de resultados do banco na segunda-feira. “Estamos tomando uma série de ações para melhorar nossa eficiência operacional”, disse. “Especificamente, tomamos a decisão de diminuir a velocidade de contratação e reduzir certos honorários profissionais daqui para frente.”

Nem todos os grandes bancos do país estão aumentando suas equipes. No segundo trimestre, o Wells Fargo (WFC) reduziu sua equipe em 6% em relação ao ano anterior, e o Bank of America (BAC) reduziu sua força de trabalho em 0,8%. Ambos são conhecidas por grandes operações de varejo.

Mesmo para um banco como o JPMorgan, que aumentou as contratações em todas as divisões no último trimestre, nem todas contrataram no mesmo ritmo. Sua unidade de varejo, que inclui crédito imobiliário, foi a que contratou menos.

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