Quais são as cidades da América Latina com maior custo de vida em 2022

Belo Horizonte figura na parte inferior da lista; entre as cidades mais caras da região estão Buenos Aires e Montevidéu

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Bloomberg Línea — - Corrige San José, na Costa Rica, não em Porto Rico, como informado anteriormente (8h13)

A pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia e as inflações em altas de décadas estão entre os ventos contrários globais que estão enfraquecendo o poder de compra e de economia das pessoas. A conclusão vem do último relatório anual do custo de vida da consultoria Mercer, que avaliou como as condições nas principais cidades do mundo mudaram nos últimos 12 meses.

O estudo analisou mais de 400 cidades nos cinco continentes e levou em conta o preço de mais de 200 bens e serviços, incluindo hospedagem, transporte, alimentação, cuidados pessoais, vestuário e calçados, entretenimento e serviços públicos. Com base nisso, o estudo criou um ranking das cidades mais caras e mais baratas para se viver.

Vale ressaltar que nenhuma das cidades da região ficou entre as 50 cidades mais caras, de acordo com o estudo de Mercer. Na América Latina, San Juan (Porto Rico) e Buenos Aires (Argentina) são as cidades com o maior custo de vida, e apenas a primeira está no top 100. No entanto, Buenos Aires teve a maior escalada no ranking mundial este ano, subindo 54 posições e cegando à 114ª posição mundial e a ao segundo lugar na América Latina.

A Mercer observa que há quase um ano, a inflação oficial anual no país ultrapassou 50%, atingindo um pico de 55,1% em março. O número continuou subindo e chegou a 60% ano a ano em maio, e a saída do ministro da economia Martín Guzmán catalisou um salto ainda maior.

San Juan subiu 17 posições, chegando ao 72º lugar no ranking geral, e a Mercer destacou um aumento significativo no índice de uma metrópole que já se encontrava mais cara nas edições anteriores do ranking. Em terceiro e quarto lugares estão Montevidéu (Uruguai) e Santiago do Chile, respectivamente, enquanto o Top 5 regional é completado pela Cidade da Guatemala.

Em contraste, as últimas cidades latino-americanas na lista são Belo Horizonte e Manágua (Nicarágua). Globalmente, Belo Horizonte ocupa o 201º lugar, na América Latina, a cidade está em 23º lugar; Manágua, por sua vez, ocupa o 212º lugar no ranking mundial e o 24º no ranking regional.

As 10 cidades mais caras da América Latina

CidadeRanking na América LatinaRanking mundial
San Juan (Porto Rico)172
Buenos Aires (Argentina)2114
Montevidéu (Uruguai)3123
Santiago (Chile)4130
Cidade da Guatemala (Guatemala)5136
San José (Costa Rica)6139
Havana (Cuba)7142
Cidade do México (México)8149
Cidade do Panamá (Panamá)9152
Quito (Equador)10156

As cidades mais caras do mundo

Em nível global, Hong Kong continuou sendo a cidade mais cara do mundo para se viver. No Oriente Médio, o pódio é encabeçado por Tel Aviv, que ocupa o 6º lugar na lista global.

Na Europa, a cidade mais cara é Zurique (segunda no ranking mundial), seguida de Genebra, Basileia e Berna, todos na Suíça. Em contraste, a cidade mais barata do velho continente é Atenas.

Segundo a Mercer, a escassez da oferta e o aumento dos preços da energia resultantes da guerra na Ucrânia, estão levando a Europa a níveis de inflação não vistos em décadas, sendo a Holanda e a Alemanha – principais importadores de petróleo e gás russos – os países mais afetados, com inflação de cerca de 8,6% e 8,2% respectivamente (números de junho), o que levou cidades como Amsterdã a subir dez lugares, chegando ao 25º lugar, e Munique a subir sete lugares, chegando a 33º.

Por outro lado, os Estados Unidos também ficaram “notavelmente” mais caros. Das 19 cidades americanas analisadas no estudo, todas elas subiram diversas posições, com exceção de São Francisco, que permanece em 19º lugar. Nova York ficou em 7º lugar no ranking mundial, o que a torna a cidade mais cara do país.

A cidade mais barata do mundo para se viver é Ancara, a capital da Turquia.

O estudo não levou em conta este ano a cidade de Kiev, na Ucrânia, nem as cidades da Rússia, devido à guerra.

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