Embraer: cadeia de suprimentos pode prejudicar meta de entregas de 2022

Fabricante brasileira de aeronaves diz que escassez de componentes, juntamente com a escassez de mão de obra nos EUA, prejudicam a companhia

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Bloomberg — Problemas nas cadeias de suprimentos da aviação podem tornar um desafio para a Embraer (EMBR3) cumprir suas metas de entrega comercial de fim de ano, disse a fabricante aeroespacial brasileira neste domingo (17).

“Estamos sofrendo com essas restrições da cadeia de suprimentos. Tivemos um primeiro semestre difícil”, disse o CEO Francisco Gomes Neto em entrevista à Bloomberg antes da feira internacional de aviação de Farnborough, no Reino Unido, que começa oficialmente na segunda. “Estamos fazendo tudo o que podemos para mitigar os problemas.”

Embraer não está sozinha na dificuldade de conseguir as peças necessárias para fabricar aeronaves. A Airbus disse no mês passado que até o final de maio, a empresa tinha 20 planadores, ou aeronaves totalmente construídas sem motores, que não puderam ser embarcadas.

Mais conhecida por fabricar jatos regionais menores que são usados para saltos mais curtos, a Embraer mantém sua orientação de entregar entre 60 e 70 aviões de sua família de E-Jet este ano, melhor do que os 50 enviados em 2020 e 2021.

A escassez de componentes, juntamente com a escassez de mão de obra nos EUA, são os que mais prejudicam a Embraer atualmente, disse Neto, lembrando que ainda há “muitas” entregas a serem cumpridas até o final do ano.

O terceiro trimestre deve dar à fabricante de aviões brasileira uma imagem melhor de quão perto pode chegar de atingir as principais metas.

A Embraer já destacou mais de 20 funcionários para trabalhar com fornecedores e alguns subfornecedores cobrindo os pontos mais críticos da cadeia de suprimentos para garantir que a empresa receba as peças de que precisa, disse Neto.

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