Mercado amplia aposta em alta de 1 ponto percentual do Fed neste mês

Mudança nas expectativas nos contratos de swap acontece depois de inflação ao consumidor em junho mostrar nova aceleração da taxa, para 9,1% ao ano

O mercado já havia virado no início do dia para precificar totalmente um aumento de 0,75.
Por Ben Purvis
13 de Julho, 2022 | 11:52 AM

Bloomberg — Os operadores do mercado de swaps agora precificam uma probabilidade significativa de que o Federal Reserve, o banco central americano, implemente um aumento de 1 ponto percentual na reunião do fim do mês após dados de inflação mais quentes do que o previsto nos EUA.

A taxa do contrato de julho subiu para 2,416% após os dados de preços ao consumidor nos EUA, cerca de 0,836 ponto percentual acima da atual taxa básica do BC americano. Isso implica que um aumento de pelo menos 0,75 ponto percentual é visto como definitivo, e que há uma chance em três de que possa ser um ponto percentual completo. O mercado já havia virado no início do dia para precificar totalmente um aumento de 0,75.

PUBLICIDADE

O mercado também passou a apostar quase totalmente em uma alta de 1,5 ponto percentual contando as reuniões de julho e setembro, enquanto as expectativas de pico da taxa básica no primeiro semestre de 2023 saltaram para cerca de 3,6%.

O índice de preços ao consumidor americano subiu 9,1% em relação ao ano anterior em um avanço amplo, na maior alta desde o final de 1981, segundo dados do governo na quarta-feira. O indicador subiu 1,3% em relação ao mês anterior, o maior ganho desde 2005, refletindo custos mais altos de gasolina, moradia e alimentação.

Economistas projetavam um aumento de 1,1% em relação a maio e de 8,8% em relação ao ano anterior, segunda a mediana de pesquisa da Bloomberg.

PUBLICIDADE

Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano subiram ao longo da curva, embora mais no curto prazo, e o dólar também saltou, colocando o euro abaixo da paridade com a moeda americana pela primeira vez em duas décadas.

Leia também

Família bilionária da cerveja faz aposta na brasileira 3G, de Jorge Paulo Lemann