Inflação nos Estados Unidos chega a 9,1% e impulsiona temores de recessão

Preços ao consumidor da maior economia do mundo subiram 1,3% em junho, colocando mais pressão no Federal Reserve por aumento de juros

A inflação nos EUA tem sido monitorada de perto por mercados do mundo inteiro
13 de Julho, 2022 | 09:35 AM

Bloomberg Línea — O preço aos consumidores dos Estados Unidos acelerou 1,3% em junho, na comparação mensal, acumulando uma alta de 9,1% nos últimos 12 meses e confirmando os receios de que o Federal Reserve, o banco central do país, deve pressionar ainda mais os juros para conter a inflação.

Os números, divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Departamento de Estatísticas, são maiores que as expectativas de 1,1% e 8,8%, respectivamente, coletados em previsão mediana em uma pesquisa da Bloomberg.

Perto das 9h40, os futuros das bolsas americanas desaceleravam fortemente as altas, com os do Dow Jones, os do S&P 500 e os do Nasdaq virando para queda após subirem perto de 0,4%.

A inflação nos EUA tem sido monitorada de perto por mercados do mundo inteiro, que pisaram no freio nas últimas semanas em termos de compra de ativos considerados de risco à espera de uma possível recessão na maior economia do mundo, incentivada pela alta dos juros.

PUBLICIDADE

Nas últimas comunicações, as autoridades do Fed sinalizaram um aumento de juros de 0,75 ponto percentual na próxima reunião, no final deste mês.

A alta de preços refletiu o aumento da gasolina e os custos dos alimentos, pressionados por questões logísticas, a guerra da Ucrânia e a os lockdowns do início do ano na China.

Os altos custos do combustível são um dos fatores que explicam os baixos índices de aprovação do presidente americano Joe Biden. Esta semana, ele está em visita ao Oriente Médio, onde ele espera convencer os líderes árabes a produzir mais petróleo.

Leia também

Família bilionária da cerveja faz aposta na brasileira 3G, de Jorge Paulo Lemann

Ana Siedschlag

Editora na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em finanças e investimentos. Passou pelas redações da Forbes Brasil, Bloomberg Brasil e Investing.com.