Bloomberg — O Fundo Monetário Internacional cortará novamente a previsão de crescimento econômico global em meio às repercussões da invasão da Ucrânia pela Rússia, paralisações relacionadas à pandemia na China e inflação mais alta.
As perspectivas para este ano e o próximo serão rebaixadas no final deste mês, quando o FMI divulgar uma atualização do relatório World Economic Outlook, disse a chefe da instituição, Kristalina Georgieva, em um post de blog publicado nesta quarta-feira (13), sem fornecer números específicos.
“As perspectivas permanecem extremamente incertas”, disse ela. “Será um 2022 difícil – e possivelmente um 2023 ainda mais difícil, com maior risco de recessão.”
A recuperação global da pandemia foi comprometida pelo aumento dos preços das commodities após a guerra na Ucrânia e uma desaceleração na China em meio a restrições contra o vírus. A inflação mais forte também está forçando os formuladores de política monetária a aumentar juros, medidas que arriscam levar as economias a recessões.
O alerta do FMI segue um rebaixamento em abril para a expansão global este ano, de 4,4% para 3,6%, após a guerra na Ucrânia.
“A perspectiva econômica global piorou consideravelmente, enquanto a inflação permanece alta”, disse o FMI em nota, acrescentando que os indicadores recentes apontam para um segundo trimestre “muito fraco”.
Georgieva esta semana também alertou que há uma crise de dívida global em formação à medida que os bancos centrais elevam juros para conter a inflação, aumentando os custos de serviço da dívida para nações vulneráveis.
Separadamente na terça-feira, o FMI rebaixou sua previsão para o PIB dos EUA neste ano e no próximo, alertando que um aumento na inflação representa “riscos sistêmicos” tanto para o país quanto para a economia global.
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