FMI cortará previsão de PIB global mirando ‘2023 ainda mais difícil’

Perspectivas para este ano e o próximo serão rebaixadas no final deste mês no relatório World Economic Outlook, disse presidente do FMI, Kristalina Georgieva

Kristalina Georgieva, directora gerente del Fondo Monetario Internacional (FMI), habla durante una entrevista de Bloomberg Television en las conversaciones sobre el clima de la COP26 en Glasgow, Reino Unido, el martes 2 de noviembre de 2021.
Por Ramsey Al-Rikabi
13 de Julho, 2022 | 02:19 PM

Bloomberg — O Fundo Monetário Internacional cortará novamente a previsão de crescimento econômico global em meio às repercussões da invasão da Ucrânia pela Rússia, paralisações relacionadas à pandemia na China e inflação mais alta.

As perspectivas para este ano e o próximo serão rebaixadas no final deste mês, quando o FMI divulgar uma atualização do relatório World Economic Outlook, disse a chefe da instituição, Kristalina Georgieva, em um post de blog publicado nesta quarta-feira (13), sem fornecer números específicos.

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“As perspectivas permanecem extremamente incertas”, disse ela. “Será um 2022 difícil – e possivelmente um 2023 ainda mais difícil, com maior risco de recessão.”

A recuperação global da pandemia foi comprometida pelo aumento dos preços das commodities após a guerra na Ucrânia e uma desaceleração na China em meio a restrições contra o vírus. A inflação mais forte também está forçando os formuladores de política monetária a aumentar juros, medidas que arriscam levar as economias a recessões.

Cenário mais fraco: O FMI vê um crescimento menor em 2022 e 2023 do que via em janeiro

O alerta do FMI segue um rebaixamento em abril para a expansão global este ano, de 4,4% para 3,6%, após a guerra na Ucrânia.

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“A perspectiva econômica global piorou consideravelmente, enquanto a inflação permanece alta”, disse o FMI em nota, acrescentando que os indicadores recentes apontam para um segundo trimestre “muito fraco”.

Georgieva esta semana também alertou que há uma crise de dívida global em formação à medida que os bancos centrais elevam juros para conter a inflação, aumentando os custos de serviço da dívida para nações vulneráveis.

Separadamente na terça-feira, o FMI rebaixou sua previsão para o PIB dos EUA neste ano e no próximo, alertando que um aumento na inflação representa “riscos sistêmicos” tanto para o país quanto para a economia global.

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