Bloomberg — A União Europeia deu sua aprovação final para que a Croácia adote o euro no início de 2023, quando se tornará o 20º membro do bloco.
Os ministros das finanças do bloco se reuniram em Bruxelas para realizar uma cerimônia de assinatura nesta terça-feira (12). A Comissão Europeia, braço executivo da UE, havia recomendado que o país adriático de 3,9 milhões de habitantes fosse autorizado a adotar a moeda comum, constatando que ele preenche os requisitos necessários em questões como inflação e dívida pública.
“Uma área do euro forte e maior reforça a influência da Europa internacionalmente”, disse o Comissário Valdis Dombrovskis à imprensa após a cerimônia. A adoção do euro pela Croácia “está ajudando a ampliar as bases para a futura resiliência e força econômica da Europa”.
A Croácia aderirá à moeda única a uma taxa de conversão de 7,53450 kuna por euro em 1º de janeiro de 2023, disse a UE em declaração. A taxa é a mesma estabelecida em julho de 2020 para a entrada na “sala de espera” da zona do euro, conhecida como ERM-2. Essa taxa foi autorizada a variar.
A aprovação final faz da Croácia o primeiro país recém-chegado desde a Lituânia em 2015. Assim como o país báltico, sua proposta visava, em parte, cimentar um alinhamento ocidental após décadas de domínio comunista após a Segunda Guerra Mundial.
“A adesão à área do euro nos trará mais segurança, diminuirá os riscos, aumentará a classificação dos investimentos e elevará o padrão de vida de nossos cidadãos”, disse Boris Vujcic, governador do banco central da Croácia, em Zagreb. Ele acrescentou que ele não espera variações significativas do kuna entre agora e a data da conversão.
A mudança abrigou a Croácia no núcleo da UE, tornando os pagamentos mais fáceis e baratos e dando a seu sistema financeiro uma rede de segurança em crises futuras. O país, cujas principais atrações turísticas incluem Split e Dubrovnik em sua costa do Adriático, também pretende aderir ao Espaço Schengen, o que remove barreiras para viajar pela Europa.
Outros membros do leste da UE – incluindo a Bulgária e a Romênia – estão procurando seguir o exemplo. Mas alguns na região estão menos ansiosos, tendo visto o benefício da política monetária independente na esteira da crise financeira global de 2008.
--Com a colaboração de Zoe Schneeweiss e Torrey Clark.
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