Bloomberg Línea — O Ibovespa (IBOV) segue o sentimento negativo dos mercados externos e inicia os negócios em queda nesta terça-feira (12). Os investidores repercutem um desconforto generalizado sobre as perspectivas econômicas diante da alta da inflação e de esforços renovados da China para conter o avanço da covid.
O dólar avançava nesta manhã diante do sentimento de aversão ao risco, negociado a R$ 5,41, oscilando em torno dos níveis vistos pela última vez no auge do pânico do mercado de 2020. Enquanto isso, o euro chegou a um ponto de paridade com o dólar antes de se recuperar para apagar as perdas do dia.
Entre as commodities, o preço do minério de ferro caiu para o nível mais baixo em sete meses, com temores de que a China possa impor novas restrições rígidas de atividade e circulação de pessoas para combater a pandemia, o que prejudicaria a demanda por aço para construção.
O movimento contribuía para a queda de mineradoras e siderúrgicas na Bolsa brasileira, como Vale (VALE3) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4), que caíam 0,97% e 1,6%, respectivamente, por volta das 10h30 (horário de Brasília).
Os alertas sobre uma recessão também levavam a uma forte queda do petróleo nesta terça, que chegou a cair abaixo de US$ 100, contribuindo para baixas da ordem de 2% nos papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) e dos demais pares no setor, como 3R Petroleum (RRRP3), que cedia cerca de 3,3%.
Confira o desempenho dos mercados nesta terça-feira (12):
- Por volta das 10h30 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,94%, aos 97.285 pontos;
- O dólar à vista avançava 0,60%, a R$ 5,41;
- Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2025 subia dois pontos base, a 13,25%;
- Nos EUA, o índice Dow Jones abriu em queda de 0,12%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq subiam 0,11% e 0,55%, respectivamente;
- Na Europa, as ações recuavam após o euro se aproximar da paridade com o dólar pela primeira vez.
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