Bloomberg — O Google, da Alphabet (GOOG), planeja desacelerar as contratações pelo restante do ano diante de uma possível recessão econômica, disse o presidente-executivo Sundar Pichai nesta terça-feira (12) em um e-mail para a equipe.
Pichai disse que a empresa se concentrará na contratação de “funções de engenharia, técnicas e outras funções críticas” em 2022 e 2023, de acordo com uma cópia do e-mail visto pela Bloomberg News.
“Avançando, precisamos ser mais empreendedores, trabalhando com maior urgência, foco mais nítido e mais fome do que mostramos em dias mais ensolarados”, escreveu Pichai. “Em alguns casos, isso significa consolidar onde os investimentos se sobrepõem e simplificar os processos.”
Historicamente, o Google permaneceu relativamente imune às quedas econômicas do setor de tecnologia. A gigante da internet interrompeu as contratações após a crise financeira há mais de uma década, mas desde então tem adicionado regularmente ondas de novos funcionários para seu principal negócio de publicidade, bem como áreas como smartphones, carros autônomos e dispositivos de vestuário que ainda não são lucrativos. A Alphabet, controladora do Google, que empregava quase 164.000 pessoas em 31 de março, contratou principalmente nos últimos anos a divisão de nuvem do Google e novos campos como hardware.
O movimento do Google espelha o de outras empresas de tecnologia. Em maio, Snap (SNAP) e Lyft (LYFT) disseram que iriam desacelerar as contratações. Várias semanas depois, a Instacart disse que reduziria o crescimento do emprego e a Tesla (TSLA) seguiu com um anúncio de uma redução de 10% para sua força de trabalho assalariada. No início desta semana, a rival do Google, a Microsoft (MSFT), anunciou que estava cortando um pequeno número de empregos. A Meta (META) também reduziu seus planos de contratação devido a preocupações com as condições econômicas.
No e-mail, Pichai disse que o Google adicionou 10.000 funcionários durante o segundo trimestre e tem “fortes compromissos” nos próximos meses para contratar universitários. A Business Insider informou anteriormente sobre os planos do Google.
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