Bloomberg — Os casos de Covid-19 em Xangai continuaram a subir e desencadearam mais rodadas de testes em massa, com novas subvariantes que desafiam a abordagem de tolerância zero ao vírus do país.
O centro financeiro da China registrou 69 novas infecções no domingo, o maior número desde o final de maio e acima das 57 do dia anterior. Os casos aumentaram abruptamente após um período de pouco ou nenhum vestígio do vírus que levou as autoridades a declarar vitória e elogiar as medidas que deixaram a cidade mais global da China fechada por dois meses em maio e junho.
Xangai encontrou seu primeiro caso da sub-estirpe BA.5 da variante ômicron, que é mais contagiosa, na sexta-feira, desencadeando duas rodadas de testes em massa entre terça e quinta-feira em nove distritos, além de outras áreas onde foram encontrados casos, disse uma autoridade de saúde no domingo.
O índice de ações CSI 300 caiu até 2.2%, e ficou atrás de outros mercados da região.
Em outras partes da China, a província de Shandong registrou 80 casos locais e Pequim registrou uma infecção. Os surtos também levaram a restrições de movimento e testes nas províncias de Hainan e Guangdong - no sul da China - no fim de semana. Em todo o país, a China registrou 352 casos no domingo.
Os números mais recentes indicam que a disparada de infecções na China, que começou há cerca de uma semana, ainda tem fôlego. As autoridades monitoram a chegada da BA.5 com apreensão, e há poucas dúvidas sobre o compromisso do país com o Covid Zero. O presidente Xi Jinping disse que seu governo prefere tolerar algum impacto temporário na economia do que sofrer a escala de mortes e internações vistas em outros países durante a pandemia.
A China divulga uma série de dados econômicos esta semana, com números desde PIB a vendas no varejo que serão observados de perto em busca de evidências do impacto do Covid Zero sobre a segunda maior economia do mundo e se Pequim conseguirá atingir sua meta de crescimento anual.
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