Bloomberg Línea — As intenções de voto no ex-presidente Lula (PT) caíram dois pontos nas últimas duas semanas, mas ele continua em vantagem estável sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo pesquisa BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira (11), o petista tem 41% das intenções de voto (ante 43% no dia 27 de junho) e o presidente tem 32% (ante 33% há duas semanas). Os dois oscilaram dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Depois deles vêm os candidatos Ciro Gomes (PDT), com 9% das intenções de voto; Simone Tebet (MDB), com 4%; e André Janones (Avante), com 3%. Felipe D’Ávila (Novo), Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (Pros) têm 1% das intenções de voto.
A pesquisa também mostrou que os eleitores dos dois líderes estão mais decididos: 86% dos eleitores de Bolsonaro disseram que não pretendem mudar o voto até outubro, e 84% dos eleitores de Lula disseram o mesmo. Há duas semanas, esse índice era de 81% e 79%, respectivamente.
Também diminuiu a quantidade de eleitores que disseram não votar. Eram 62% na pesquisa divulgada no final de junho e agora são 58%. Desses, 60% declararam que “nenhum dos nomes é o candidato ideal”.
O eleitor menos fiel é o de Ciro Gomes: 34% deles disseram que estão decididos e não pretendem mudar o voto. E 62% deles admitiram que podem mudar de ideia até outubro.
Entre todos os eleitores, o índice de certeza é de 73%. Os ainda indecisos são 25%.
Rejeição ao presidente
O presidente Jair Bolsonaro segue com a maior rejeição entre os candidatos: 58% contra 44% de Lula e 49% de Ciro.
Os índices se mantêm estáveis desde que a FSB começou a fazer as pesquisas com o BTG, na segunda semana de março deste ano. Mas Bolsonaro viu ligeira melhora na avaliação de seu governo.
De acordo com a pesquisa, 47% dos eleitores acham seu governo ruim ou péssimo (37% acham péssimo e 10%, ruim). Há duas semanas, esse índice era de 50%, queda acima da margem de erro, de dois pontos. Já os que achavam o governo ótimo ou bom eram 29% em junho e agora são 32%.
Já 58% dos eleitores desaprovam a forma de Bolsonaro governar.
Enquanto isso, 92% dos eleitores consideram que o país está em crise — 58% veem “dificuldade de superar” e 34%, dos quais 65% se declararam eleitores do presidente, acreditam que o Brasil “está conseguindo superar”.
Ao mesmo tempo 94% dos entrevistados disseram que os preços das coisas aumentaram nos últimos três meses e 54% acreditam que a inflação vai aumentar nos próximos três meses (eram 65% há duas semanas).
A pesquisa ouviu duas mil pessoas por telefone entre os dias 8 e 10 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral é BR-09292/2022.
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