Bloomberg Línea — Se controlar as finanças pessoais já é difícil, imagina com seu parceiro ou parceira. Felizmente, existem diretrizes para unir duas economias sem transformar o processo em dor de cabeça.
Planejamento, comunicação, respeito aos acordos, controle de endividamento e prevenção são as principais recomendações para que casais e famílias pensem em seu financeiro e atinjam harmonia nos cálculos.
Sete recomendações para administrar finanças a dois
1. Faça um orçamento: seguir um orçamento é essencial, controlando gastos mensais e garantindo os fundos para sustentar o lar. O orçamento permitirá saber quanto poderá ser economizado (que, aliás, deve ser a prioridade antes dos gastos) e quanto será destinado às metas de curto, médio e longo prazos.
2. Planeje: planejamento não é exclusivo de grandes empresas. É comum dizer que é possível atingir metas maiores a dois e, por isso, planejar é indispensável para uma boa saúde financeira. O casal deve acordar os planos e projetos, bem como os prazos em que querem concluí-los, para que isso possa ficar refletido no orçamento.
3. Tenha hábitos saudáveis: é muito importante ter bons hábitos financeiros, como foco no cumprimento de responsabilidades e no gerenciamento do fluxo de caixa diário, semanal, mensal e anual. Isso permite a identificação de gastos desnecessários, por exemplo. Ou seja, se uma das partes do casal economiza e a outra gasta, é necessário criar hábitos equilibrados que permitam as duas coisas.
4. Crie uma reserva de emergência: ter um fundo para emergências é indispensável. Recomenda-se economizar entre 5% e 10% da renda mensal. Esses recursos não devem ser destinados a outros fins.
5. Tome cuidado com o endividamento: para garantir finanças saudáveis, o endividamento familiar nunca deve superar a renda total do ano, a não ser que seja possível adquirir uma renda posteriormente, como investimentos imobiliários, ativos produtivos ou investimento em renda fixa ou variável.
6. Garanta seu patrimônio: é necessário levar em consideração que as metas de planejamento devem gerar uma meta patrimonial. Não é apenas a renda que é importante. É necessário capitalizá-la para gerar um patrimônio sólido que suporte qualquer percalço econômico. É como se diz: “não é ter apenas por ter, mas para garantir estabilidade e o crescimento”.
7. Persistência: organização é tudo. Seguir rigorosamente o status econômico das duas partes do casal é sinônimo de prosperidade futura. Segundo Cristina Arrastía, vice-presidente do ramo de negócios do Bancolombia, “cada pessoa, além de sua realidade econômica ou de suas limitações, pode alcançar o bem-estar financeiro se estiver disposta a seguir algumas diretrizes que permitam o planejamento que priorize a economia sobre os gastos e preveja contingências. Essa é a disciplina a ser aplicada rigorosamente na vida a dois, alcançando metas conjuntas que harmonizem com seu presente e representem tranquilidade para cada membro da família”.
--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.
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